Autores

Luís Filipe Santos

Notícias deste autor


II Concílio do Vaticano: Canonizações entregues às Conferências Episcopais?

Nas discussões conciliares, Henri Fesquet na obra «O Diário do Concílio - Volume II» escreveu que o cardeal belga, Leo-Jozef Suenens, numa reunião da terceira etapa do II Concílio do Vaticano, atacou as "anomalias das canonizações". O arcebispo de Malines-Bruxelas fez quatro censuras ao sistema que vigorava na altura. No seu diário e datado de 17 de setembro de 1964, Henri Fesquet escreveu que "era anormal": "1 - Que 85% dos santos sejam membros do clero regular; 2 - Que 90% pertençam automaticamente a três países (Itália, França e Espanha).

II Concílio do Vaticano: «De Ecclesia» esmaltada de imagens bíblicas da Igreja

Nos primeiros trinta dias da segunda etapa do II Concílio do Vaticano (29 de setembro a 04 de dezembro de 1963), os padres conciliares dedicaram a sua reflexão ao esquema sobre a Igreja («De Ecclesia»), documento elaborado pelo cardeal Ottaviani, presidente da comissão teológica.

II Concílio do Vaticano: Os pedidos do cardeal Bea aos peregrinos de Fátima

A Peregrinação Internacional Aniversária de maio (12 e 13) de 1964 foi presidida pelo cardeal alemão Agostinho Bea (Riedböhringen, 28 de maio de 1881 -- Roma, 16 de novembro de 1968), pioneiro do ecumenismo e do diálogo entre Judaísmo e Catolicismo. A peregrinação, que contou com cerca de 500 mil pessoas, teve várias intenções: "Agradecer a Deus o êxito da peregrinação de Paulo VI à Terra Santa; Pedir a união dos cristãos e o pleno êxito do II Concílio do Vaticano; Pedir a santificação das famílias, o aumento das vocações e a paz no mundo e, particularmente, no ultramar português".

II Concílio do Vaticano: Diálogos entre Paulo VI e Jean Guitton

O mistério do concílio não se discernirá nunca completamente, "enquanto navegarmos no fluxo da história", escreveu o filósofo francês que foi «observador» do II Concílio do Vaticano. Ainda durante a primeira sessão desta assembleia, Jean Guitton questionou-se se poderia enviar crónicas para os jornais, "uma vez que fizera juramento de ser discreto?".

II Concílio do Vaticano: O ecumenismo do cónego Geraldes Freire

Numa época em que mal se falava de ecumenismo, este sacerdote natural da Diocese de Portalegre - Castelo Branco encontrou naquele quartel militar um subordinado que era pastor da Igreja Baptista e o com o qual "manteve cordeais relações durante bastante tempo, atitude pouco comum naquela época e já reveladora do seu espírito tolerante", escreveu João Ribeirinho Leal na revista «Humanitas»; Vol L (1958).

II Concílio do Vaticano: O plano de atualização de D. David de Sousa no Funchal

Quando se realizou o II Concílio do Vaticano (1962-65), o bispo da Diocese do Funchal (Ilha da Madeira) era D. David de Sousa. O prelado que esteve naquele território eclesial de 1957 a 1965 fez diversas reformas na diocese madeirense

II Concílio do Vaticano: Recordar o carisma do cardeal António Ribeiro

Depois de uma séria formação humanística, filosófica e teológica, o doutor António Ribeiro cedo foi lançado para a ribalta da Comunicação Social. De 1959 a 1964 apresenta, aos sábados, na RTP, o programa «Encruzilhadas da Vida», em que debate temas de atualidade, frequentemente sugeridos pelos próprios telespectadores. Nos três anos seguintes (1964/67) é o rosto do programa, no mesmo canal televisivo, «Dia do Senhor».

II Concílio do Vaticano: O papel das mulheres nas sessões conciliares

Quando se aproxima o Dia Internacional da Mulher (08 de março) convém recordar a presença feminina no II Concílio do Vaticano (1962-65). Nesta assembleia magna, convocada por João XXIII e continuada pelo seu sucessor, estiveram presentes vinte e três mulheres como auditoras. A 08 de setembro de 1964, o Papa Paulo VI anunciou, oficialmente, a novidade e no dia 25 do mesmo mês, entrou na Aula conciliar a primeira mulher, a francesa Marie-Louise Monnet .

II Concílio do Vaticano: O barulho dos carrosséis e o cheiro a sardinha assada

Correspondendo a um desejo expressamente manifestado pelos teólogos diretores e redatores foi criado, em Portugal, um grupo com a missão de assegurar a ligação com a direção central e com os assinantes da edição portuguesa. Nasceram assim os «amigos da Concilium», um grupo de pessoas convidadas individualmente pelos editores - onze padres ou religiosos e oito leigos - que se reuniram pela primeira vez a 31 de março de 1965.

II Concílio do Vaticano: Quando acabou o clima de asfixia intelectual

Dos livros mais censurados figuram os relativos à história da Igreja e à exegese bíblica. O Santo Ofício e a Comissão Bíblica (criada pelo Papa Leão XIII para promover os estudos nesta área) encarregaram-se de excluir da leitura importantes obras publicadas na última parte do século XIX e inícios do século passado. Questões vitais para a interpretação de determinados livros bíblicos (Pentateuco, Salmos, Isaías, Sinópticos e São João) eram sempre objeto de grande vigilância por parte dos responsáveis da Igreja.