Na celebração dos 30 anos da Diocese de Setúbal há dois momentos particularmente importantes: a data da criação da Diocese e da eleição de D. Manuel Martins como seu primeiro bispo em 16/7/1975 e a data da ordenação de D. Manuel em 26 de Outubro de 1975, na Sé de Setúbal.
Celebrámos a primeira, peregrinando a Fátima. Ali, com Nossa Senhora, pedimos a Deus Pai força e luz para sermos uma diocese em que a Eucaristia seja fonte e cume de toda a vida e em que, por isso mesmo, Jesus recebido no Pão Eucarístico nos alimente com a luz, a força, o amor e a alegria do Seu Espírito.
Assinalaremos também a segunda data, que recorda o 30.º aniversário da ordenação de D. Manuel Martins e da sua tomada de posse como Bispo de Setúbal. Nesse sentido convido a Diocese, no 26 de Outubro, a dar graças a Deus pelo grande pastor que lhe deu em D. Manuel: um Pastor dedicado, lúcido, forte, cheio de compaixão, entregue totalmente a Setúbal para a ajudar a dar os primeiros passos e a estruturar-se para ser sinal do amor de Deus por cada pessoa e ser sinal da esperança que em Jesus Cristo está reservada ao homem e à humanidade. Ao mesmo tempo pediremos ao Senhor que o continue a abençoar e a dar-lhe longa e fecunda vida.
Esta celebração nasce sobretudo – e ganha a sua dimensão própria e elevada – da fé. Na verdade, pela fé o povo cristão reconhece no bispo ‘o Vigário do “grande Pastor das ovelhas” (Heb 13,20)’, ‘o princípio visível de unidade e de comunhão na sua Igreja’, ‘o Mestre da fé, santificador e guia espiritual’ que Jesus lhe dá, num gesto de grande e amorosa solicitude pastoral, para fazer dos homens uma só família, reconciliada no amor do Pai e ao serviço da reconciliação da humanidade com Deus e entre si.
Rezar pelo bispo é rezar pela Igreja e entrar mais e mais no seu mistério, já que o bispo é inseparável da Igreja.
Nesse dia, presidirei à Eucaristia na Sé, por esta intenção.
† Gilberto, Bispo de Setúbal.