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A fecundidade dos Missionários da Boa Nova

D. Alfio Rapisarda
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Mensagem de D. Alfio Rapisarda

Missionários da Boa Nova Fátima, 18.Junho.2005 Eminentíssimo Senhor Cardeal Rev.mo Superior Geral da Sociedade Missionária da Boa Nova Distinta Assembleia É com o maior prazer que me associo a toda a família da Sociedade Missionária da Boa Nova que, na feliz ocorrência do 75.º aniversário da sua fundação, se encontra hoje reunida em devota peregrinação neste Santuário mariano de Fátima, sob a presidência de Sua Eminência o Senhor Cardeal Cescenzio Sepe, Prefeito da Congregação para a Evangelização dos Povos, a quem presto a minha deferente homenagem. Se, para a vida de um homem, 75 anos representam o outono da sua peregrinação terrena, como nos recorda o salmista dizendo que «a soma da nossa vida é de setenta anos, os mais fortes chegam aos oitenta» (Sl 90,10), para uma instituição da Igreja, como é a Sociedade Missionária da Boa Nova, estes podem bem ser considerados como a estação primaveril a que se refere significativamente o seu Superior Geral, o Rev.do Padre António Couto, numa recente declaração (Boa Nova, Maio 2005). Uma estação que promete abundantes e duráveis frutos, graças à semente lançada no sulco da terra e resultando fértil e fecunda também com o sangue dos cinco mártires de Moçambique e Angola que a Sociedade já conta. Nascida do zelo missionário do Episcopado Português e aprovada pelo Papa Pio XI com o intuito de promover o anúncio do Evangelho ad gentes, sobretudo no território português, a Sociedade Missionária caracteriza-se e distingue-se dos outros Institutos por ser composta por padres diocesanos e por leigos, que se dedicam de maneira constante à actividade missionária; àquela actividade que constitui a razão de ser e de operar da Igreja, que Cristo quis «sacramento universal da salvação» (LG 48), com a incumbência primordial de «ir pelo mundo inteiro e anunciar a Boa Nova a toda a criatura» (Lc 16,15). E são os missionários — como veio a declarar o Papa Paulo VI — que «representam o contínuo testemunho, eloquente e seguro, que a vontade do divino Fundador de espalhar a luz e os benefícios do Evangelho a todas as gentes está sempre presente e operante na sua Igreja» (Ensinamentos de Paulo VI, I-1963,243). Está viva ainda entre nós a figura do falecido Sumo Pontífice o Papa João Paulo II que, a afirmar a permanente validade do mandato missionário da Igreja, dizia no início do Seu Pontificado na III Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano, em 28 de Janeiro de 1979, que «evangelizar é a missão essencial, a vocação própria, a identidade mais profunda da Igreja». A evangelização foi e continua a ser o objectivo específico e qualificativo que dá origem à Sociedade Missionária da Boa Nova; essa é, portanto, e será, a sua razão de ser. Nascida há 75 anos, como o minúsculo grão de mostarda de que fala o Evangelho, cresceu e fez-se arbusto frondoso e frutífero. Por isso nos encontramos aqui hoje, nesta peregrinação de oração, para agradecer ao Senhor que foi «Quem deu o crescimento» (1Cor 3,6) à Sua obra e implorar a Sua contínua assistência e a materna protecção da Sua Mãe Santíssima, Nossa Senhora de Fátima. Auguro de coração que quantos fazem parte da bela família da Sociedade Missionária da Boa Nova estejam sempre animados daquela santa inquietação a que nos exortou o Santo Padre Bento XVI no Seu apelo na vigília da Sua eleição: «a inquietação de levar a todos o dom da fé, da amizade com Cristo». D. Alfio Rapisarda, Núncio Apostólico


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