A linguagem Corporal do amor Agência Ecclesia 05 de Dezembro de 2003, às 11:04 ... Conclusões do encontro 1.A partir sobretudo da “revolução sexual†tem-se verificado, nas sociedades contemporâneas, uma separação daquilo que a Natureza mantinha ligado: sexo, amor, matrimónio e filhos (famÃlia), para se chegar a uma situação de sexo sem amor, amor sem filhos, filhos sem sexo, com todas as terrÃveis consequências ao nÃvel da estruturação básica destas mesmas sociedades: filhos sem pais, pais divorciados, a multiplicação de experiências afectivas que não satisfazem, traduzindo-se em uniões precárias, instáveis e não-duradouras, entre outras. 2.Testemunha-se assim uma revolta do Homem contra a Natureza, fazendo o papel de Deus, redesenhando e reinventando o sexo, o amor, o matrimónio e os filhos, segundo valores hedonistas, utilitaristas, individualistas, materialistas, relativistas. A pro-criação, em colaboração com Deus, passa a mera reprodução, e a sexualidade humana, reduzida assim a mera genitalidade, opera uma instrumentalização do corpo, da pessoa, e muito especialmente da mulher. 3.Esta fragmentação começa fundamentalmente com a contracepção –considerando a fertilidade humana como um erro da Natureza, que é preciso corrigir através da técnica – à qual se seguiram, num encadeamento lógico e histórico irresistÃvel, o aborto, a fertilização artificial, a eutanásia e mesmo mais recentemente a clonagem, para citar apenas alguns exemplos. Mas a contracepção não é má devido à s suas consequências terrÃveis, antes estas se manifestam devido à desordem intrÃnseca da contracepção. 4.Este modelo ético e social tende a espalhar-se pelo Mundo todo, através de programas de controlo da população, que perante a falta de alimentos, de trabalho, de habitação e de saúde, ou a sua má distribuição, respondem com ... contracepção. 5.Perante este cenário, são boas notÃcias e motivo de esperança o desenvolvimento do Planeamento Familiar Natural e o aparecimento de novos métodos de “fertility care†que, actuando sobre as causas da infertilidade, ao contrário da procriação tecnicamente substituÃda, são conformes à dignidade humana e à ecologia do corpo, porquanto não assentam em fármacos, nem são invasivos, nem tão-pouco importam manipulação gamética ou embrionária. 6.Mas, acima de tudo, a Teologia do Corpo de João Paulo II vem rasgar novos horizontes no entendimento profundo da sexualidade humana, no sentido da revelação do mistério do Homem ao próprio Homem. 7.O Homem, com o seu corpo, masculino e feminino, e a sua sexualidade, expressão corporal do amor conjugal, é chamado a participar no mistério de Deus, que é, na sua Trindade, vida de relação, e relação de amor. 8.Assim, uma vez mais, o Homem vai se compreendendo a si mesmo mediante a abertura à compreensão do Mistério que se revela. 9.É reafirmado assim o significado profundo da condição corpórea do Homem, na sua unidade irredutÃvel de espÃrito encarnado. Pastoral da saúde Share on Facebook Share on Twitter Share on Google+ ...