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Ano Paulino

Pe. Ricardo Henriques
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… A Palavra de Deus não está encadeada… (2 Tm 2, 9) O Ano Paulino proclamado por Bento XVI, iniciado na Vigília da Solenidade de S. Pedro e S. Paulo a 28 de Junho 2008, pode constituir uma ocasião admirável, ser um dom do Espírito para uma aproximação à Palavra de Deus, consignada por escrito na linguagem humana de Paulo patente nas suas 13 Epístolas. Os leitores de AUnião já se aperceberam certamente que desde essa data (28 de Junho 2008) na edição de sábado tem sido publicado um artigo sobre o Apóstolo dos Gentios, focando os mais variados aspectos da sua missão, pensamento e teologia. A ideia de publicar um artigo em cada sábado do Ano Paulino partiu de D. António Sousa Braga certamente em conjugação com a direcção deste jornal, e pretende ser a aproximação ao pensamento Paulino, tão longínquo no tempo, mas próximo pela sua actualidade, para dele aprendermos, neste tempo, a conhecer Cristo e a Evangelizar como ele tão bem soube fazer. Espero corresponder à responsabilidade que o senhor Bispo me confiou de coordenar a «saída» dos artigos, e simultaneamente, garantir articulistas que versem sobre a matéria. A metodologia poderá variar, mas espero ser possível apresentar por ordem cronológica as Epístolas Paulinas nos seus aspectos, temáticas e problemas da mais variada ordem. Para isso, vários sacerdotes da Diocese irão dar o seu inestimável contributo. Todo o cristão católico encontra-se com Cristo também através da Sua Palavra, e poderá fazê-lo apenas no pressuposto de uma aproximação crente à Sagrada Escritura, e simultaneamente, com a convicção de que toda a Escritura Sagrada só pode ser correctamente interpretada com o mesmo espírito com que foi escrita. A sua peculiaridade é ser linguagem de Fé, mas não deixa de ser literatura. Ora, dada a distância bimilenar que nos separa da Escritura do Segundo (Novo) Testamento como produto final ( e n’ele das epistolas Paulinas), todo o estudo com este propósito de aproximação ao seu pensamento, ao modo como revelou Cristo, O comunicou e viveu, nunca será demasiado, e até pode revelar-se como árdua tarefa. Impressiona-me, por vezes, atitudes de pessoas, ditas cultas, quando afirmam «eu já li a Bíblia», como argumento de autoridade para defender esta ou aquela ideia. Como se fosse suficiente ler uma vez para perceber do assunto, fazendo crer que a leu “toda†(?)! Ora, a Sagrada Escritura nunca mais deixará de ser estudada, interpretada e rezada enquanto o mundo for mundo, porque “a Palavra de Deus não está encadeada “(2 Tm 2, 9), nem a sua compreensão se esgota numa leitura de superfície. Nesta linha importa não correr o risco de nos convencermos que de está tudo sabido. A tenacidade, o ardor, a paixão que iremos descobrindo na missão de Paulo, vão certamente motivar todos os crentes no Deus de Jesus Cristo para uma procura do Senhor Nosso Deus hoje mais necessária do que nunca. Quero deixar o convite a todos os jornais açorianos para divulgarem também estes artigos, agradecendo antecipadamente, podendo ser encontrados também no sítio da Diocese www.ecclesia.pt/angra. P. Ricardo Henriques, Director do Serviço Diocesano de Apoio à Pastoral das Comunicações Sociais.


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