Nos dias seis e sete Março de 2007 decorreram, na Covilhã, as I Jornadas Transfronteriças sobre “Pobreza e Desenvolvimento”, organizadas pela Cáritas Diocesana da Guarda, Cáritas Diocesana de Salamanca e pela Universidade da Beira Interior. Estiveram presentes, para além das entidades organizadoras, dirigentes e técnicos da Cáritas Portuguesa, Cáritas Diocesana de Lisboa, Cáritas Diocesana de Évora, Cáritas Diocesana de Portalegre/Castelo Branco, Cáritas Diocesana de Viseu, Cáritas Espanhola, Cáritas Diocesana de Ciudad Rodrigo, Cáritas Diocesana de Zamora, Cáritas Regional de Castilla/León, e alguns dirigentes de outras instituições de carácter social, tanto civis como religiosas, tendo chegado às seguintes conclusões:
Da reflexão sobre a análise da realidade social e económica transfronteiriça, destacamos as seguintes ideias:
Envelhecimento progressivo da população com uma consequente desertificação humana das respectivas regiões;
Altos índices de pobreza e desigualdade em toda a zona raiana com taxas superiores às médias nacionais;
Défice de políticas de desenvolvimento para a raia;
Atitude passiva de uma parte significativa da população perante a falta de expectativas de futuro.
Perante a realidade diagnosticada afirmamos:
A melhor maneira de combater a pobreza transfronteiriça é o desenvolvimento da zona raiana;
Para esse desenvolvimento, o centro é a pessoa humana, sujeito cheio de potencialidades;
A comunidade em geral e a comunidade cristã em particular têm um papel imprescindível neste desenvolvimento;
O Estado deve adequar as suas políticas no sentido de uma discriminação positiva das regiões mais desfavorecidas.
Por tudo isto, fazemos as seguintes propostas de intervenção:
Fortalecimento, organização e profissionalização da rede Cáritas;
Implementar acções que potenciem iniciativas de emprego na zona raiana;
Dinamizar a zona raiana através de agentes de desenvolvimento da comunidade;
Fazer uma análise permanente da realidade social e económica transfronteiriça;
Intensificar a colaboração entre Cáritas Transfronteiriças no sentido de uma operacionalização crescente dos desafios e conclusões emanados.