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Conclusões do 8.º Congresso da Associação de Imprensa de Inspiração Cristã (AIC)

AIC
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Num tempo de crise, em que diminui o número de leitores e com o boom das novas plataformas digitais de comunicação, seis dezenas de pessoas, sobretudo responsáveis de jornais e jornalistas, refletiram sobre «Reinventar ou fechar jornais?», a 11 e 12 de novembro, em Leiria.

O desaparecimento de títulos, (na última década, já fecharam 77 títulos da AIC) tem vindo a preocupar os responsáveis da associação de imprensa de inspiração cristã. Os tempos são de incerteza, mas a imprensa regional cumpre «serviço público», liga as pessoas à comunidade e à diáspora. É «memória histórica do país e do povo».

Estão aí «desafios, impactos e exigências , que se colocam de modo mais premente e até ameaçador». A realidade é conhecida e o diagnóstico está feito há muito tempo. «Para quando as parcerias, a profissionalização e a entrada definitiva no digital?» Reinventar os jornais, para evitar o seu fecho, passa pela formação profissional, pela aposta no marketing e pelas novas plataformas digitais.

«Algures entre a esperança e o medo», o rumo ao futuro passa por sair do «aquário», e iniciar um caminho com as coordenadas da identidade, das parcerias, da interação, das soluções integradas de comunicação sem esquecer que somos «agências de sentido». «Acabou o tempo de fazer de conta e para quem está a fazer de conta, acabou mesmo o tempo».

Mais do que «comunicar para» é preciso «comunicar com», aproveitando a convergência entre os diferentes suportes (tradicionais e digitais) e que os jornalistas assumam, cada vez mais, o papel de mediadores. Os jornais em papel terão futuro se os conseguirmos reinventar, rasgando e alargando horizontes. A imprensa de inspiração cristã «não cumprirá o seu papel se continuar desgarrada da pastoral, dessintonizada da Igreja ou cercada pelos muros do adro».

A imprensa de inspiração cristã apela aos responsáveis da tutela para que mantenham o apoio de incentivo à leitura, como reconhecimento do serviço público que esta presta. A AIC lembra que continua a ser o «parente pobre da comunicação social», ainda que represente um milhão e meio de leitores.

O Secretário de Estado, responsável pela tutela, reconheceu o papel que a imprensa de inspiração cristã desempenha e os valores que promove, disponibilizando-se para dialogar com a AIC no sentido de encontrar soluções para os problemas que o setor atravessa.

A Comissão do 8º Congresso da AIC agradece a todas as entidades que colaboraram na organização deste evento, nomeadamente: Presidentes da Câmara Municipal de Batalha e de Leiria, Entidade Regional de Turismo de Leiria-Fátima, Comissão Intermunicipal do Pinhal de Leiria, Caixa de Crédito Agrícola e Mosteiro da Batalha, Instituto Politécnico de Leiria, Banco Santander-Totta, Gabinete para os Meios de Comunicação Social, Jornais «O Mensageiro», «A Defesa», a revista «Fátima Missionária» e ao reitor do Seminário diocesano de Leiria, pela sua receção e agradável estadia que proporcionou a todos os congressistas, não esquecendo outras entidades que direta ou indiretamente nos apoiaram neste evento.

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