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Contributo indispensável às crianças e aos jovens

D. António Marcelino
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Nota do Bispo de Aveiro sobre as matrículas na disciplina de Educação Moral e Religiosa Católica

O tempo das matrículas, em ordem ao novo ano escolar, não pode deixar indiferentes os pais com filhos a frequentarem as nossas escolas nos diversos ciclos, como tempo de aprendizagem e preparação para a vida. A indiferença ou o descuido, quando se trata de coisas importantes para as crianças, os adolescentes e os jovens, dão ocasião, com frequência, a resultados negativos que, de outro modo, seriam evitáveis. Tudo quanto pode ajudar os filhos a preparem-se para viver a sua vida, no presente e no futuro, de modo sério e digno, deve merecer a atenção dos pais, já que eles têm nos filhos a sua maior riqueza. O ambiente que se vive não estimula, nem muito, nem sempre, os caminhos da dignidade, do bom comportamento ético e moral, da convivência digna, da prática daqueles valores que cimentam e fortalecem a vida das pessoas. Os mais novos são mais vulneráveis a este ambiente. Há que defendê-los, equipá-los, dar-lhes um alimento sadio da verdade que ilumina e fortifica a vontade, a inteligência, o coração e os afectos. Não faltam aos alunos, nas suas escolas, pessoas a quererem ajudá-los, como se de seus filhos se tratasse. Há que reconhecê-lo e ser-lhes grato. A educação moral e religiosa não é uma aula a mais ou uma repetição da catequese, de modo a poder facilmente dispensar-se. Alguns alunos, para seu menor esforço, iludem os pais, levando-os a não se preocuparem com a matrícula nesta aula, deixando isso a eles próprios e a outros que, aconselhando-os mal, não lhes querem bem. Para um adolescente, uma idade de mais emoções que razões, ter menos uma aula é sempre cómodo. Pode ainda haver alguma escola onde, na matrícula da Educação Moral e Religiosa, se colabora pouco com os pais, com prejuízo para os filhos, calando informações necessárias ou dando-as de modo incorrecto. A intervenção activa e atenta dos pais e dos encarregados de educação evitará tais situações. Os alunos do ensino secundário, com mais de 16 anos, eles próprios já a assumir a sua escolha e matrícula, ponderem a validade desta aula que, se é útil para todos os alunos, não o é menos para si, dadas as referências que daí lhe advêm para a sua vida, idade e opções em ordem ao futuro. A Igreja Diocesana tem-se empenhado, de modo responsável, para que esta aula constitua um apoio válido e importante para os alunos. É uma maneira concreta de os ajudar e de colaborar com os pais na educação dos filhos. Os Párocos e os Professores de EMRC empenhem-se, junto dos pais e encarregados de educação, para que façam a matrícula. O que de bem se faz pela gente nova é esperança de uma sociedade mais sã e com futuro. D. António Marcelino, bispo de Aveiro


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