Diocese do Funchal prepara visita das relÃquias de Santa Teresinha D. Teodoro de Faria 31 de Outubro de 2005, às 10:25 ... Nota Pastoral de D. Teodoro de Faria Teresinha do Menino Jesus é muito conhecida e amada na Madeira. Talvez mais nos anos passados do que no presente. Esta breve passagem das relÃquias servirá para recordar a uns e referir a outros que uma jovem falecida com vinte e quatro anos de idade, e que depois dos seus quinze anos não saiu mais do Carmelo de Lisieux, nos arredores de Paris, tornou-se modelo e doutora da Igreja, Padroeira das Missões e São Pio X declarou-a «a maior santa dos tempos modernos». 1. A 13 e 14 de Dezembro receberemos na diocese do Funchal as relÃquias de Santa Teresinha do Menino Jesus, após terem percorrido todas as Dioceses portuguesas. A Conferência Episcopal Portuguesa publicou uma pequena Nota Pastoral sobre este acontecimento, onde afirma que «a veneração das relÃquias é uma forma de apreço por uma vida fiel a Cristo, verdadeiro tesouro das comunidades cristãs». Refere também que as «relÃquias mais preciosas que Teresa deixou são as palavras sábias e santas dos seus escritos espirituais… centradas na «Ciência do Amor divino». Teresinha do Menino Jesus é muito conhecida e amada na Madeira. Talvez mais nos anos passados do que no presente. Esta breve passagem das relÃquias servirá para recordar a uns e referir a outros que uma jovem falecida com vinte e quatro anos de idade, e que depois dos seus quinze anos não saiu mais do Carmelo de Lisieux, nos arredores de Paris, tornou-se modelo e doutora da Igreja, Padroeira das Missões e São Pio X declarou-a «a maior santa dos tempos modernos», quando ela queria ser a mais humilde e pequenina filha da Igreja. «Teresa, escreveu o intelectual francês, Emanuel Mounier, é uma obra do EspÃrito Santo». A sua doutrina espiritual continua a entusiasmar e influenciar os fiéis de todas as idades, mas são os jovens que melhor apreciam a sua simplicidade e humildade, a sua vocação universal de evangelização, a sua força e alegria no sofrimento, a santificação em todos os pequenos actos de cada dia. 2 – Na humildade e simplicidade de vida num austero mosteiro de clausura, Jesus Cristo mostra em Teresa como os pensamentos de Deus não são os nossos pensamentos, nem os seus caminhos são os nossos caminhos. Quem se esforça por ser grande, escolheu um caminho oposto ao de Deus que prefere os mais pequenos e humildes para confundir os poderosos e soberbos. Teresa de Lisieux teve grandes ambições, queria ser contemplativa e activa, apóstola, missionária e mártir não só uma mas muitas vezes. Jesus fez-lhe compreender que a estrada que lhe agradava e ela devia percorrer, era tornar-se pequena e humilde, amar na simplicidade a Deus e à Igreja e abandonar-se com infinita confiança nas mãos do seu Criador como um menino nos braços de sua mãe. O Salmo 130 descreve a simplicidade e a beleza da vida interior dos «pobres de Deus» entre os quais figura Teresinha do Menino Jesus e da Sagrada Face: «Senhor o meu coração não é ambicioso nem os meus olhares soberbos; não ando atrás de riquezas nem de maravilhas superiores a mim; eu fiz calar e repousar os meus desejos como criança de leite no colo de sua mãe». A espiritualidade de Teresa de Jesus mostra-nos que antes de dar a Deus é preciso receber tudo dEle. Deus está pronto a dar e sempre gratuitamente. Quem quer mostrar-se generoso antes de abrir-se ao amor misericordioso de Deus, engana-se; quem recebe com a simplicidade de uma criança os dons de Deus chega à santidade. Teresa percorreu em poucos anos, e no meio de grandes sofrimentos fÃsicos e morais, o caminho heróico da santidade, com a energia e força de um valoroso combatente. A força de Deus manifesta-se na sua debilidade e doença, ela abandonara-se confiadamente nas suas mãos. Desta forma transformou a cruz em amor. No fim da sua vida exclamava: «Não, nunca teria acreditado que se poderia sofrer tanto… nunca, nunca!...» A Irmã Teresa percorreu um doloroso caminho de Calvário, morreu de tuberculose respirando apenas com metade do pulmão, suportou sede, febres abundantes, gangrenar dos intestinos, e dizia «Oh! Não desejo sofrer menos!». Um rio de paz inundava a sua alma «pois o amor é forte como a morte!... E as águas da torrente jamais poderão apagar o amor». (Cant. 8,6-7) 3 – O programa da visita das relÃquias à nossa Diocese será apresentado em breve. Os dois centros privilegiados para a veneração das relÃquias e oração litúrgica serão a Catedral e a Igreja do Carmo. Haverá duas deslocações das relÃquias para fora da cidade do Funchal, a 14 de Dezembro até São Vicente, Ribeira Brava e Câmara de Lobos e a 15 até ao Porto da Cruz, Santana e Machico. Esta visita fará parte da preparação do Natal. Ela terá lugar antes das Missas do Parto. Santa Teresinha amava tanto o mistério da Encarnação do Redentor que o seu próprio nome indicava a quem pertencia – ao «Menino Jesus» e à «Sagrada Face», ou seja ao Filho de Deus nascido em Belém e ao Cristo do mistério pascal. Esta visita, afirma a Nota do Episcopado: «deve constituir um momento para revigorar o sentimento religioso cristão», alimentar uma piedade centrada na liturgia, dinamizar a vida missionária e fortalecer o amor cristão a favor de toda a Igreja, principalmente dos mais pobres e rejeitados. «Filha da Igreja», Santa Teresinha ofereceu a sua vida e sofrimentos por todos os cristãos, especialmente os pecadores e ateus, com os quais partilhou o «pão da dor». «Se Deus satisfizer os meus desejos, escreveu, o meu Céu passar-se-á sobre a terra até ao fim do mundo. Sim, eu quero passar o meu Céu a fazer o bem sobre a terra». Que ela derrame uma «chuva de rosas» sobre a nossa Diocese. Funchal, 30 de Outubro de 2005 †Teodoro, Bispo do Funchal Santa Teresinha Share on Facebook Share on Twitter Share on Google+ ...