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Diocese do Porto esclarece caso da Oficina de S. José

Diocese do Porto
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Comunicado do Gabinete de Informação

A Comunicação Social tornou pública a notícia de uma grave ocorrência (agressão, sevícias e morte de um indivíduo), em que estiveram envolvidos, entre 16 e 22 de Fevereiro passado, onze jovens da Oficina de S. José, Instituição Particular de Solidariedade Social, propriedade da Diocese do Porto. O Bispo do Porto, mandou proceder a um Inquérito Interno para apurar, entre outros elementos, se houve violação das normas e regulamentos internos no que respeita à permanência dos utentes no exterior da Instituição no tempo em que ocorreram os referidos acontecimentos. Importa referir que a “Oficina de S. José” foi criada em 1882 pelo Pe. Sebastião Leite de Vasconcelos, sacerdote nascido na freguesia da Sé e ordenado sacerdote na Sé do Porto. Com o nome original de Oficinas de S. José, destinava-se esta instituição de caridade a recolher menores pobres ou abandonados, normalmente do ambiente local. O trabalho e a cultura religiosa constituíam valências importantes do programa de formação, que justificava a existência das oficinas e da Capela contígua. Tendo sido nomeado Bispo de Beja, o Pe. Sebastião Leite de Vasconcelos entregou a Instituição à Diocese do Porto, a qual tem dados suficientes para testemunhar a qualidade e dedicação de quantos se têm dedicado à formação de sucessivas gerações de utentes, que por sua vez reconhecem geralmente que a Oficina de S. José os preparou para a vida familiar, social e profissional. A leitura do Inquérito privado permite-nos concluir que no caso em questão não houve violação das normas e regulamentos internos relativamente à permanência e comportamento dos jovens, de idades entre os 12 e os 16 anos, no exterior da Instituição. Lamenta-se porém e reprova-se com veemência a acção grave atribuída a estes adolescentes e jovens, bem como o processo e procedimento cujo desfecho se conhece. E reconhece-se que uma instituição que nasceu com carácter assistencial, no séc. XIX, está a cumprir hoje uma função também correccional, aceitando receber crianças, adolescentes ou jovens com antecedentes criminais registados. Generosamente disponível para colaborar na solução dos problemas que as idades em causa suscitam, a Oficina de S. José não deve comprometer a sua finalidade e generosidade se não for dotada dos meios adequados para corresponder às exigências de uma sociedade onde se vão multiplicando as formas de violência frequentemente denunciadas. Porto, Paço Episcopal, 4 de Abril de 2006 Gabinete de Informação da Diocese do Porto


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