É preciso defender a vida, Sempre AAVV 22 de Junho de 2004, às 16:08 ... Comunicado do Conselho Diocesano de Pastoral, de Aveiro, sobre o aborto 1. O Conselho Diocesano de Pastoral, ao reflectir cuidadosamente sobre as recentes e contÃnuas discussões públicas em relação ao aborto, considera ser seu dever pronunciar-se acerca das interpelações que as mesmas vêm levantando à s comunidades e aos cristãos. Neste sentido, todos os membros do Conselho reafirmam a sua convicção da necessidade premente de lutar para defender a vida, quaisquer que sejam as situações e circunstâncias em que ela é atacada e posta em perigo. 2. Verifica o Conselho que a discussão em curso e na praça pública está profundamente marcada por contradições, que é urgente denunciar e clarificar, acordando nos pontos seguintes: - é necessário co-responsabilizar o homem-pai, pois que continua a ser praticamente silenciado numa questão que lhe diz directamente respeito; - é bom e digno de louvor o cuidado de proteger a vida da mãe. Parece, porém, muitas vezes, associar-se, a este cuidado, uma desatenção para com o vida do filho que se desenvolve no seu seio e necessita da sua protecção para sobreviver à s agressões do meio que o envolve; - afirma-se que o aborto é um erro e uma má solução, mas pretende-se que a sociedade, por via legal, deixe de o considerar assim; - diz-se que a mulher que provoca o aborto é vÃtima da lei e, por isso, a lei deve ser alterada. Se a lei deixa de considerar o aborto como um mal, então a mulher fica à mercê de todas as arbitrariedades, desprotegida e isolada na sua decisão de querer que o filho que traz no seu seio veja a luz do dia. 3. O Conselho afirma e defende que a vida humana, a da mãe e a do filho, deve ser sempre protegida, sendo inadmissÃvel qualquer lei que deprecie uma vida para proteger outra. Mais se afirma que, pela sua dimensão pedagógica, as leis, porque visam o bem comum, devem propor, de modo claro, o valor da vida de cada ser humano, acolhê-la e protegê-la em todas as circunstâncias. O ser humano merece todo o respeito por si mesmo e não pode ser reduzido à condição de meio para que se obtenham outros fins. 4. Assinala-se, com satisfação, a existência na Diocese de serviços e de instituições de apoio a grávidas em dificuldade, de acolhimento a mulheres maltratadas, bem como de espaços de elucidação a jovens e a casais novos, em ordem ao estÃmulo à natalidade consciente. Sentem, porém, os membros do Conselho, que é preciso incrementar ainda mais os espaços personalizados de acompanhamento e de aconselhamento, de modo a ajudar as mães a optar pela vida e nunca contra a vida. Diante da vida emergente, o importante não é procurar meios e formas de legitimar a sua destruição e anulação, mas sim de a tornar cada vez mais digna de ser vivida, com êxito e qualidade. Aveiro, Junho de 2004 Aborto Share on Facebook Share on Twitter Share on Google+ ...