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Futuro de Angola depende da contribuição de todos

Célia Ramos
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Comunicado da CEAST sobre o 30º aniversário da independência de Angola

Amados cristãos, Queridos compatriotas Reunidos em Luanda para a 2ª Assembleia Ordinária Anual, nas vésperas do dia sagrado da nossa Independência Nacional, saudamos jubilosamente o 30º Aniversário da independência de Angola. “A partir daquele onze de Novembro consagrou-se no Povo a consciência de ser ele mesmo, a consciência de ser Nação, com direito a um nome: Povo angolano” (F.E.2) . São trinta anos de um caminhar criança com as dificuldades de quem inicia, dificuldades de uma Nação em crescimento, trinta anos tocados de dor, de lágrimas e alegrias, mas, sobretudo, trinta anos carregados de muita esperança na terra que renasce e se reencontra nos seus filhos, unidos no querer ver Angola a crescer como Pátria unida, Pátria das liberdades, da justiça, da fraternidade e da paz. Nas Vésperas de tão grande dia, inclinamo-nos perante a memória de várias gerações de Angolanos, que ofereceram generosamente a vida para que a nova Pátria nascesse e se consolidasse. “Passaram as coisas velhas” (Ap. 21,4). Agora, com confiança construamos a cidade dos homens sem exclusões e subalternizações políticas, económicas, culturais e regionais, sem a indiferença dos ricos perante a indigência dos pobres. Nesta hora repetimos o apelo por nós já feito por ocasião do 10º Aniversário da Independência: “ninguém se alheie ao desenvolvimento do País” (F.E. 15), Angola, “eu te ordeno: levanta-te e anda” (Lc. 5, 24; 7, 14). Encontrando-nos todos em Luanda, no dia da Independência Nacional, presidiremos à Eucaristia nas diferentes paróquias de Luanda para domingo, dia 13, nos deslocarmos todos a Mbanza Congo a fim de, naquelas terras, berço do cristianismo em Angola e sede da primeira Diocese do País, participarmos no Acto Celebrativo Nacional querido por esta Conferência, valendo-nos do encerramento das festas do Centenário da Igreja Catedral. Ali, onde os nossos antepassados deram o seu sim a Cristo, ali caminho do êxodo para a liberdade, rezaremos em memória de todos os construtores da Nação Angolana, os que tombaram nas várias lutas e os que hoje ainda lutam por uma Angola digna dos Angolanos. Convidamo-vos, pois, amados diocesanos a acompanhar-nos nesta peregrinação unindo-vos assim, também vós, onde quer que vos encontreis, à oração dos vossos Bispos que se quer oração suplicante, laudativa e agradecida de Angola a Jesus Cristo, caminho, verdade e vida, princípio e fim da história, o salvador do mundo. Por intercessão do Imaculado Coração de Maria, Nossa Padroeira, Deus abençoe a nossa Terra! Deus abençoe Angola! Feliz é a Nação Cujo Deus é o Senhor! Luanda, 10 de Novembro de 2005 Os Bispos de Angola (F.E.: Carta Pastoral dos Bispos de Angola e São Tomé FIRMES NA ESPERANÇA – Reflexão Pastoral após dez anos de Independência. CEAST 1986.)


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