Ainda envolvidos pela celebração do Natal e o ambiente que o caracteriza, fomos informados pelos Meios de Comunicação Social da ocorrência de um maremoto, localizado no sudeste da Ásia. Gradualmente a informação foi-nos pondo ao corrente da real dimensão da tragédia, que depressa assumiu contornos de uma catástrofe. A sua amplitude, passados três dias, é ainda difícil de calcular: o número de mortos aumenta a um ritmo impressionante, ao qual se une um número muito elevado de desaparecidos e de feridos, permanecendo incalculável o número daqueles que tudo perderam e, por isso mesmo, tudo precisam.
Estou certo de que ninguém fica insensível às consequências devastadoras, que esta calamidade provocou nas populações e nos países atingidos.
O alerta do Papa à comunidade internacional, logo no dia em que ocorreu esta tragédia, converteu-se, nos dias seguintes, num veemente apelo a todos os organismos internacionais, incluindo as Igrejas locais, no sentido de darem uma resposta urgente e generosa, de modo a suprir as carências de toda a ordem das populações atingidas.
A nossa Diocese, através da Cáritas diocesana, encontra-se já mobilizada na resposta a este apelo, em sintonia com a Cáritas nacional, prestando a sua colaboração nas acções seguintes:
- a contribuição para a aquisição e envio de medicamentos, que hoje mesmo seguiram para um dos países mais atingidos;
- a colaboração na promoção da campanha designada por CARITAS AJUDA AS VÍTIMAS DO SUDESTE ASIÁTICO, em cuja conta aberta para o efeito, na Caixa Geral de Depósitos, com o NIB 003506970063091793082, todos podem depositar os seus donativos;
- a criação de um departamento local para acolher os donativos (apenas dinheiro) que as nossas Paróquias ou particulares lhe fizerem chegar.
Apelo à generosidade das nossas comunidades cristãs, das instituições de solidariedade social, dos movimentos e associações, de todos os algarvios de boa vontade. Somos chamados a traduzir em gestos de solidariedade e amor fraterno, a verdade do mistério que celebramos nesta quadra festiva. Não podemos ficar indiferentes ao clamor dos nossos irmãos do sudeste asiático. A morte, o sofrimento e a dor não conhecem fronteiras, nem línguas, nem raças, nem religiões. O mesmo se exige da nossa solidariedade.
† Manuel Neto Quintas, scj
Bispo do Algarve