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João Paulo II: um grande Papa e um grande santo

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Testemunho de Chiara Lubich

Deixou-nos, realmente, um grande Papa, um grande santo. Gostaria tanto que voltassem os tempos em que a santidade fosse anunciada por aclamação do povo. Os jovens estariam em primeira fila. A sua santidade. Também eu posso dar testemunho dela em primeira pessoa. Muitas vezes, depois de uma audiência com ele, fiquei com a impressão de que o céu se tinha aberto. E senti-me imediatamente ligada a Deus, numa união densíssima com Ele, sem intermediários. Isto acontece porque o Papa é mediador, mas depois de nos levar até Deus, desaparece. Parece-me ter compreendido mais profundamente o carisma próprio do Papa. As chaves para nos abrir o céu, não as usava só para cancelar os nossos pecados, mas também para nos abrir o céu, abrindo-nos à união com Deus. Não será talvez desta forma que se explica aquela alegria, aquele entusiasmo, aquela atracção que o Papa sempre instaurou nos jovens, em milhões de homens e mulheres de todas as raças, culturas, religiões e crenças, que encontrou em todo o planeta? E aquelas mudanças da história que ele realizou durante estes 27 anos? Este Papa comunicava Deus e Ele “faz novas todas as coisas”. Uma “Presença” que se tornou sempre mais forte, quanto maior era o peso do sofrimento até à última hora. Mas neste momento não posso deixar de expressar a minha gratidão mais profunda pelas inúmeras portas abertas por aquelas chaves: o Papa sempre escancarou as portas à novidade do Espírito que reconheceu também no nosso Movimento, dando o seu encorajamento e apoio, reconhecendo-o como dom de Deus e esperança para os homens.


João Paulo II