«Urge implementar nas nossas comunidades uma pastoral de dimensão e dinamização comunitárias»
No 3º Domingo da Quaresma, tempo sagrado, que nos convida a viver a caridade de modo “ mais diligente”, celebra-se o Dia da Cáritas, destinado a consolidar o nosso testemunho na prática do que é essencial na vida cristã, e que nos identifica como co-responsáveis na Igreja: a comunhão e a partilha.
Urge implementar nas nossas comunidades uma pastoral de dimensão e dinamização comunitárias.
Queremos que ela surja em todas as paróquias como expressão da autenticidade do seu viver.
Os grupos de acção sócio-caritativa, coordenados e estimulados pela equipa arciprestal, são a prioridade para que é necessário convergir, em ordem a responder à complexidade dos problemas e inquietações que afligem as pessoas no nosso tempo.
A situação sócio- demográfica, de grande parte da diocese, na escassez de recursos humanos e naturais, não pode permitir-nos o desânimo; e é porventura mais um incentivo a que nos lancemos naquela “fantasia “ da caridade que nos sugere o Santo Padre que responde à realidade que hoje se vive.
O lema do Dia da Cáritas, deste ano, é sugestivo e inovador: Famílias solidárias, um toque de esperança.
É a responsabilização da família, primeira e fundamental escola da consciência.
Num tempo em que cada vez mais o egoísmo, o individualismo, os interesses particulares, inutilizam o sentido de comunidade, é importante que as nossas famílias desenvolvam, com determinação e generosidade, a missão que lhes cabe de educar para uma sociedade mais justa e fraterna e assim construamos a comunhão, como é objectivo da nossa planificação pastoral.
Jacinto Tomás de Carvalho Botelho
Bispo de Lamego
