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O alastrar da pobreza

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Movimento Católico de Estudantes escreve moção sobre a Luta Contra a Pobreza

Ao contrário das previsões dos mais optimistas que afirmaram que a era da globalização económica traria também uma globalização política, cultural, social e uma maior equidade e partilha de bens e recursos, o facto é que continuamos a assistir ao alastramento da pobreza extrema com milhões de pessoas a passarem e a morrerem de fome. Constatamos que a globalização com todos os ganhos originou também processos de exclusão de continentes, países e povos. Estes assistem todos os dias a políticas e decisões que os torna cada vez mais desfavorecidos e excluídos das riquezas, do desenvolvimento e do conhecimento de outros. Vêem, assim, os seus direitos mais fundamentais serem violados. Pessoas que não podem participar no próprio desenvolvimento, tornando-os em meros sujeitos e espectadores passivos quando deveriam fazer parte desta rede e desta teia de desenvolvimento, como actores e protagonistas. Só os pobres podem dizer o que é viver a pobreza e por isso têm de ter voz activa nas decisões que são tomadas para a combater. Condenamos o assistencialismo e defendemos assim projectos e processos de desenvolvimento que apostem e envolvam os intervenientes sobretudo no desenvolvimento humano, e não apenas no desenvolvimento das coisas. Queremos reforçar a nossa voz junto das milhões que condenam a pobreza e que exigem dos políticos e decisores das potências ricas um combate à pobreza de uma forma justa e equilibrada. Albergaria-a-Velha, 5 de Setembro de 2005


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