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Pastoral Familiar com novas apostas

CELF
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Representantes de 12 Dioceses e de 8 Movimentos da Pastoral Familiar (ao todo 60 pessoas) encontraram-se em Fátima no passado dia 28 de Janeiro, para reflectir sobre a Família como Prioridade na acção da Igreja e as Prioridades da Pastoral Familiar. Na presença de D. António Carrilho, bispo auxiliar do Porto e Presidente da Comissão Episcopal do Laicado e da Família (CELF) e de D. Antonino Dias, bispos auxiliar de Braga e Vogal da mesma Comissão, os trabalhos desta Jornada Nacional incidiram sobre o tipo de acção eclesial que se vai fazendo na nossa Igreja para e com a Família, tentando individuar os novos âmbitos e os novos agentes dessa acção da Igreja bem como as prioridades que parecem suscitar hoje. Logo no início, D. António Carrilho manifestou a sua esperança neste encontro, dado ser o primeiro com esta Comissão Episcopal, sob esta nova forma, como um momento do relançamento da Pastoral Familiar nas nossas Comunidades Eclesiais, já que todos estamos empenhados, e muito, há muitos anos. E acrescentava: “Fala-se muito em prioridades, mas muitas vezes não se tira nenhuma consequência disso. Desejo ir mais longe, encontrar caminhos novosâ€. Outras questões que se puseram e que permitirão abrir caminhos novos foram estas: “Estamos satisfeitos com a nossa pastoral familiar? Como nos sentimos, pastoralmente falando, confrontando com o que é feito perante a realidade? Apesar dos esforços, há insatisfação. Daí a pergunta: O que podemos fazer mais ad intra? E ad extra? Para a sociedade, que impacto tem? O que chega até lá? Até onde vai a nossa pastoral familiar? O que fazer para sair do aquário, já que a pastoral não pode marcar passo a repetir coisas, e temos de inovar, com a ousadia de ir mais longe? E o elenco das interrogações prosseguia: O que estamos a fazer basta? É preciso alterar? É preciso fazer outras coisas e de modo novo? O que poderemos pôr em questão da nossa Pastoral Familiar? Em ordem a avançar numa linha inovadora, os participantes apresentaram as seguintes propostas para a Pastoral Familiar: 1. Criar e formar agentes de pastoral familiar, dentro das dioceses, para além dos CPM e dos CPB. 2. Proporcionar formação para além da doutrinal, sobretudo nas novas áreas da embriologia, da biogenética, etc. 3. Apostar na Família como agente de pastoral, de modo unitário. 4. Olhar a Família de forma a integrar o papel do pai, da mãe, dos filhos, dos avós, respeitando e promovendo o papel específico de cada um. 5. Dar maior atenção às novas formas de Família, encontrando respostas pastorais para as novas Famílias. 6. Potenciar o funcionamento em rede das várias estruturas da Pastoral Familiar. 7. Tornar mais eficaz a comunicação entre estruturas nacionais, diocesanas e movimentos, promovendo a sua abertura e envolvimento recíprocos. Da resposta a estes desafios dependerá, em boa parte, o futuro da Pastoral Familiar na nossa Igreja em Portugal, onde a Família joga um papel indiscutivelmente decisivo para uma acção comunitária, evangelizadora, eclesial e transformadora. P. Pedro Nuno Monteiro, Secretario da CELF


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