Meditação do irmão Roger na oração do primeiro dia do Encontro Europeu de Jovens em Lisboa
Estamos reconhecidos por nos encontrarmos em Lisboa. Vivendo nas margens do oceano, os portugueses, na sua história, foram os primeiros a percorrer o mundo inteiro. A sua intuição fala-nos e inspira a Europa.
No Evangelho, Cristo, diz-nos: “Deixo-vos a Paz, dou-vos a minha Paz.” Durante estes dias gostaríamos de nos interrogar a nós próprios: que paz é essa que Deus nos dá? É, antes de mais, uma paz interior, a paz do nosso coração. É ela que nos faz lançar um olhar de esperança sobre o mundo, mesmo se este é frequentemente dilacerado por violências e conflitos.
Esta paz de Deus é também onde nos podemos apoiar a fim de contribuirmos para a construção da paz onde ela se encontra ameaçada.
A paz mundial é essencial para aliviar os sofrimentos, em particular para que as crianças que nascem não conheçam a angústia e a insegurança.
Hoje, receberam uma carta que poderão meditar durante todo o ano. Esta carta tem por título Um futuro de paz. Se actualmente queremos viver uma peregrinação de confiança através da terra, é porque estamos conscientes da urgência da paz.
Podemos contribuir para a paz na medida em que procuramos responder através das nossas vidas às seguintes perguntas: poderei tornar-me portador de confiança onde vivo? Estarei disposto a tentar compreender os outros cada vez melhor? Quando jovens, e também menos jovens, tomam a decisão interior de viver para a paz e para a confiança, conseguem fazer das suas vidas uma luz que irradia ao redor.
Alguns deles fazem a seguinte descoberta: para preparar caminhos humildes de paz, são conduzidos a simplificar as suas vidas com vista a uma partilha com os mais pobres. A paz constrói-se também através da oração. Gostaríamos de dizer a Deus: “Tu que nos amas, inspira o coração dos que procuram a paz tão indispensável em toda a terra. Concede-nos levar a confiança onde existem oposições”.
Irmão Roger