Portugal começa a homenagem nacional à Imaculada D. Jorge Ortiga 07 de Dezembro de 2004, às 17:30 ... Celebração no Sameiro Em 8 de Dezembro de 1854, o Papa Pio IX, na Bula Ineffabilis Deus, definiu o Dogma da Imaculada Conceição com os seguintes temas: «Declaramos, pronunciamos e definimos que a doutrina que ensina que a bem-aventurada Virgem Maria foi, desde o primeiro instante da sua conceição, por graça e privilégio singular de Deus Omnipotente e em vista dos méritos de Jesus Cristo, Salvador do género humano, preservada e isenta de toda a mancha do pecado original, é revelada por Deus e por conseguinte deve ser firmemente crida por todos os fiéis». Passados 150 anos encontrámo-nos neste Santuário, como Igreja que peregrina e vive o mistério da Salvação nas 20 Dioceses de Portugal e com a alegre e reconfortante presença do cardeal D. Eugénio de Araújo Sales na qualidade de Legado de Sua Santidade o Papa João Paulo II, para reafirmar a nossa fé no mesmo dogma e fazê-lo em comunhão com a Igreja Universal e em nome dum Portugal crente e marcado por um profundo amor a Maria. Na pessoa de Sua Eminência saudamos o Papa João Paulo II a quem agradecemos a delegação e a oferta a este Santuário da Rosa de Ouro, como sinal e certeza da importância do Sameiro na piedade e vida do povo português e a quem queremos testemunhar o mais profundo amor eclesial neste gesto de ir «gastando» a vida por este mundo moderno para que ele se encontre com Cristo, vida. Fazemo-lo num compromisso de fidelidade doutrinal e unidade. Para intuirmos mais profundamente o amor, do Santo Padre a Portugal e ao Santuário do Sameiro, permita-nos, Eminência ReverendÃssima, a Leitura da carta que Sua Santidade lhe dirigiu. Comove-nos a recordação explÃcita da passagem por este Santuário e a nomeação dum Enviado Extraordinário para exercer funções em «Nossa Vez» nas celebrações solenes. Aceitamos o convite amoroso em «rivalizar no amor e culto da Virgem Imaculada com os nossos antepassados» e prometemos continuar a crescer no testemunho duma piedade filial a Maria. Com o coração aberto acolhemos a «Bênção Apostólica conciliadora da graça divina e manifestação da Nossa benevolência». Permita-nos que lhe solicite que expresse a Sua Santidade a mais profunda gratidão do povo crente desta «Terra de Santa Maria». Nesta gratidão pela Vossa presença como Enviado Extraordinário consola-nos e estimula-nos o reconhecimento que Sua Santidade o Papa, por experiência pessoal e na linha dos Seus Predecessores, da «excelência deste Santuário» o que o levou, «com grande afeição de espÃrito, a atribuir e doar a Rosa de Ouro para que permaneça aqui como «sinal da nossa benevolência». Volta a ecoar nos nossos corações o apelo aqui deixado em 1982 e queremos, nesta terra de cultura cristã, empenhar-nos para que «as normas e costumes da famÃlia cristã» se conservem. O Minho sempre privilegiou a famÃlia como espaço de crescimento humano, cristão e eclesial. Os tempos são adversos. A Rosa de Ouro lembrar-nos-á sempre, o dever da fidelidade a Maria, a Mãe de Nazaré, para que o Evangelho continue a permear a vida quotidiana dos nossos lares. Preparando-nos para celebrar condignamente os 150 anos da definição do Dogma da Imaculada, efectuamos aqui no Santuário e em muitas comunidades do paÃs uma Novena. Iremos, de seguida, concluir esta novena. Com a presença dos Bispos de Portugal, assim como Maria acolheu no Seu Ãntimo o Verbo feito carne, queremos dar novo alento e novo ardor ao «Duc in altum» da Evangelização para um paÃs e uma Europa, que não querendo aceitar referência à s suas raÃzes cristãs, vendo a alegria duma fé adulta e incisiva se deixa tocar pelo amor de Deus e connosco continue a cantar: «A minha alma glorifica ao Senhor pelas maravilhas que Ele operou em favor da humanidade». D. Jorge Ortiga, Arcebispo de Braga Imaculada Conceição Share on Facebook Share on Twitter Share on Google+ ...