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Quaresma 2006 - estímulo à diferença

D. Jorge Ortiga
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D. Jorge Ortiga, Arcebispo de Braga

A vida hodierna está dominada por uma multiplicidade de acontecimentos que nem sempre permitem a capacidade de entender a beleza de viver. Parece que o programa está previamente elaborado para cada dia e limitamo-nos a correr para repetir acções com maior ou menor responsabilidade. Os dias são iguais e, consequência disso, procuram-se espaços fugazes para a distracção, para a evasão. Neste ambiente, o cristão, interpelado pelo ritmo litúrgico, deveria ser capaz de reconhecer que há dias e momentos especiais para, com coragem, encarar a vida, sendo diferente. A Quaresma situa-se nesta exigência de pensar a vida. Foi sempre assim. Hoje urge dar-lhe esta característica. Só deste modo compreenderemos a novidade que Cristo trouxe e que a moda e o ambiente não podem deturpar. Pode ser difícil. É mais uma razão para apostar num programa que manifeste a diferença dum viver cristão. A Quaresma estrutura-se, habitualmente, como tempo de oração, jejum, esmola (Contributo Penitencial) e reflexão como mais consistente encontro com a Palavra de Deus. Sublinho, este ano, esta última dimensão não para esquecer as outras, mas para que encontrem o seu verdadeiro significado. Como referência coloco a mensagem do Santo Padre – “Jesus, ao ver as multidões, encheu-se de compaixão por elas” (Mt. 9, 36) – é a sua Encíclica “Deus caritas est”. Convidando a pensar a vida, como tarefa e encargo para sacerdotes, religiosos, religiosas e leigos, gostaria que ela fosse enquadrada no contexto natural de seu desenvolvimento: a família. Seria bom entender a beleza do viver a partir da nossa família e, em simultâneo, compreender as mudanças e os enigmas que caracterizam o mundo familiar, em geral, e discernir as propostas que, como Igreja, devemos delinear.. Convido-vos a que todos sejamos capazes de seguir um itinerário que sintetizo: ver (1), ser (2), dizer (3) e fazer (4). 1 – Ter compaixão parte do “ver”: Ver a realidade familiar de cada um com muita coragem e serenidade, não tendo medo do confronto com os possíveis aspectos negativos; dialogar sobre aquilo que se “viu” e consciencializar-se do dever de mudar o que exige mudança. Este “ver”, depois, deve alargar-se ao contexto sociológico que nos rodeia em termos paroquiais, diocesanos, nacionais ou mundiais; por vezes não queremos tomar consciência daquilo que vai acontecendo e pretendemos encobrir realidades que emergem como força destruidora incapaz de se suster. Compete à paróquia um papel importante na linha do “ver”. O cristianismo é sempre uma inculturação, ou seja, um penetrar num terreno concreto. Há uma atitude que deverá acompanhar a análise: conhecer a realidade nunca pode ser sinónimo de catalogar ou marginalizar. Assume-se uma realidade para discernir os dinamismos de vida que nos propõe. 2 – A realidade convida a “Ser”: “Ser” é a etapa que se segue. Consciencializar-se do concreto tem de ser graça para uma aposta na verdadeira identidade. Sabemos que esta nem sempre se encontra naquilo que se vê dentro e fora da instância familiar. Conhecer a verdade não é sinónimo de aceitar as “verdades” das opiniões ou da moda. Com isto deve nascer a coragem duma aposta sem ambiguidades no dever ser, ainda que custe ou se esteja a ir contra a corrente. Só a fidelidade pode salvar a família e o mundo moderno necessita de a ver patenteada no testemunho silencioso que pode transportar-se para o domínio público sem vergonha de mostrar aquilo em que acreditamos. 3 – O “Dizer” como obrigatório: A paragem quaresmal concentra-se nesta descoberta do modelo de vida familiar que não ignora outras alternativas mas ousa ser o que é.. A catequese paroquial tem de, neste tempo, passar por este “discurso” positivo. Não importa falar mal das coisas.. Só amaremos o modelo de família alicerçada no matrimónio se a conhecermos. Acontece que, muitas vezes, se parte do pressuposto que todos conhecem e sabem. Por isso não se evangeliza propondo uma doutrina que, conhecida, entusiasme. Há muitas maneiras de anunciar a verdadeira identidade da família cristã e, por isso, a criatividade pastoral é sempre algo a ter em consideração. Os caminhos são muitos e devem ser escolhidos correspondendo às expectativas, “dizendo” a doutrina perene do amor numa linguagem capaz de ser entendida e compreendida. Este “dizer” é responsabilidade de toda a comunidade. Sei que o “ser” das famílias é o anúncio mais eloquente; reconheço, porém, que as famílias não devem reservar para si o tesouro que descobriram e vão saboreando. Compete-lhes a responsabilidade de falar “alto” sobre coisas que muitos não querem ouvir. Se elas não forem “vazias” de conteúdos levarão muitos a pensar e acolher a proposta que lhes foi formulada. Aos casais compete um protagonismo na evangelização das famílias que ninguém poderá assumir por eles. Queremos ser uma Igreja Povo de Deus e aceitar que a família é “Igreja doméstica” que vive “dentro” a Boa Nova e a transporta para “fora” com coragem e ousadia. Seja-me permitido um parêntesis para reconhecer o trabalho imenso realizado por casais cristãos onde “arde” a paixão por ser comunidade de amor e de vida que anuncia a felicidade que experimentam. São muitos os casais que trabalham neste “dizer” a família hoje. Muitos outros poderiam reconhecer que “dando” recebem e, por isso, se oferecem para trabalhar numa pastoral familiar, dando-lhe qualidade e consistência. O amor transborda e comunica-se com alegria. 4 – Só o “Fazer” completa o anúncio: Depois de “ver”, reconhecendo a prioridade do “ser” e reclamando a urgência do “dizer” sem ambiguidades, chegamos ao compromisso do “fazer”. O cenário que nos é oferecido pelo mundo das famílias não se contenta com a palavra. Importa colocar-se na acção. Neste espaço de proposta sigo, agora, as sugestões do Santo Padre. Ele alarga a sua mensagem às diversas situações actuais. Eu aplico, preferencialmente, às famílias. “Jesus, ao ver as multidões, encheu-se de compaixão por elas” (Mt. 9, 36). Jesus, hoje na sua Igreja Particular de Braga, ao ver as famílias, encheu-se de compaixão por elas. 4.1. – “Fazer” vivendo a compaixão: Qual o verdadeiro significado da palavra compaixão? Literalmente dizemos que significa “sofrimento padecido com”. A Sagrada Escritura permite-nos uma interpretação mais abrangente e não só limitada ao sofrimento. Na verdade, ela era o atributo essencial de Deus em todo o Velho Testamento como algo que o povo hebreu reconhecia como importante e característico. O Novo Testamento situa a “compaixão” como uma expressão particular e concreta de Deus que é Amor e está a recordar-nos que o “olhar” de Deus pousa sobre os homens e povos e torna-se compassivo para eles através dum amor que adquire muitas expressões. Se Deus se identifica com a humanidade é para caminhar com ela e oferecer-lhe o que, talvez inconscientemente, procura. Deus não fica no “ver as multidões”, vai ao seu encontro com gestos muito precisos e definidos. 4.2. – Compaixão através dum desenvolvimento integral: Ao “ver” como Jesus, teremos de “responder” como Ele “que nunca quis separar a resposta às necessidades materiais e sociais dos homens da satisfação das necessidades profundas do seu coração”. A separação destes dois mundos só a poderemos aceitar teoricamente para uma compreensão humana da realidade. Como crentes unimos as duas dimensões e somos protagonistas e anunciadores dum “humanismo total” como certeza dum verdadeiro desenvolvimento de todos e, particularmente, de todas as famílias. Integrar este duplo cuidado é a tarefa primordial da Igreja que nunca se identifica com uma sociedade filantrópica que responde a necessidades materiais. A cultura da compaixão terá de ser global e partindo dos critérios da ciência e das análises sociológicas. Isto não é suficiente. “A tentação hoje é reduzir o cristianismo a uma sabedoria meramente humana, como se fosse a ciência do bom viver. Num mundo fortemente secularizado, surgiu uma gradual secularização da salvação, onde se procura lutar pelo homem, mas por um homem dividido, reduzido unicamente à dimensão horizontal. Ora, nós sabemos que Jesus veio trazer a salvação integral” (João Paulo II, R. M. 11) Por isso, a primeira contribuição que a Igreja oferece para o desenvolvimento do homem e dos povos não se consubstancia em meios materiais nem em soluções técnicas, mas no anúncio da verdade de Cristo, que educa as consciências e ensina a autêntica dignidade da pessoa e do trabalho, promovendo a formação de uma cultura que corresponda verdadeiramente a todas as exigências humanas. É este o alcance da nossa doutrina e desistir ou calar significa traição à Igreja e adaptação fácil àquilo que alguns pretendem que sejamos: uma realidade inócua a colocar no museu da história. Esta originalidade distingue-nos de muitas associações e não podemos temer colocamo-nos num âmbito mais abrangente que talvez não siga a moda e os critérios da facilidade mas olha para os contributos da ciência humana e dá-lhe uma profundidade que nem todos querem aceitar. 4.3. – Compaixão fixada nas famílias: Se esta doutrina sobre o desenvolvimento integral tem aplicações em todos os âmbitos da vida, o mundo da família experimenta-a duma maneira particular. Sempre a Igreja interpretou uma doutrina de humanismo integral que não negligencia nada de humano e particularmente da verdadeira ciência mas vai mais além para propor a sua originalidade e diferença. Muitos pretendem que a Igreja se cale ou caminhe a reboque. Se estamos num mundo multi-cultural devem, pelo menos, aceitar a nossa diferença e permitir que a comuniquemos em todos os espaços que compõem a vida. É nossa missão falar nas igrejas mas nunca nos resignaremos a ficar só aí. Neste sentido, começo por recordar as palavras maravilhosas da Beata Teresa de Calcutá quando referia que a primeira e principal pobreza dos povos é não conhecer Cristo. São interpelantes para a Igreja, as palavras do Papa Bento XVI. “Quem não dá Deus, dá demasiado pouco”. Aqui está o futuro da Igreja e o grande contributo que ela deve oferecer. Há muita coisa para fazer e para dar. O que se precisa e espera é um Deus operante na história. 4.4. – A compaixão suscitadora dum humanismo: Este dar Deus à sociedade e às famílias, encontrado no deserto e na oração, não pode limitar-se ao mundo dos conceitos. Ele é dinamismo criador incansável duma ordem nova, reconciliador duma humanidade dividida, agente dum humanismo no respeito pela vida em todas as suas manifestações. Deus fala e manifesta-se através da acção dos Seus e coloca a prioridade no amor como dom de si. “Mesmo neste tempo de interdependência global, pode-se verificar como nenhum projecto económico, social ou político substitui aquele dom de si mesmo ao outro, que brota da caridade”. Salvar a família significa dar-lhe Deus e a partir d’Ele entrar na arte de amar, que consiste em doar-se permanentemente, em cada momento presente e com aquela alegria de quem cresce oferecendo-se. Mas, se a cultura da compaixão, como atitude de comunhão profunda com o semelhante, exige permanente auto-doação, não pode permanecer nestes gestos. Preciso de tocar nas “chagas” e tormentos para encontrar respostas e soluções. Se a família cresce na auto-doação, é necessário fixar o olhar nas múltiplas obras de caridade que teremos de continuar a ter presente e aprender com a história para suscitar respostas novas. “Surgiram na Igreja muitas obras de caridade… hospitais, universidades, escolas de formação profissional, micro-empresas. São iniciativas que, muito antes de outras fórmulas da sociedade civil, deram provas de sincera preocupação pelo homem por parte de pessoas animadas pela mensagem evangélica”. A Igreja se foi pioneira no passado, chegando aos problemas antes da sociedade civil, também deverá situar-se na vanguarda com respostas audazes e concretas. São estas que “falam” da compaixão de Deus pela humanidade e dizem à humanidade como Deus é imprescindível. Tocados pelo amor de Deus não nos detemos, mas prolongamos o Seu amor compassivo no aqui e agora da humanidade e, concretamente das famílias. 4.5. – A compaixão gesto complementar: A Igreja, e nela as comunidades, através da “caridade social”, sabe que realiza algo inerente à sua missão e só é verdadeira se vive a solidariedade e a comunhão. Mas, ao mesmo tempo, tem consciência das suas limitações e não pode substituir o Estado a quem compete o dever de proporcionar o indispensável para todos. “Com a mesma compaixão que Jesus tinha pelas multidões, a Igreja sente hoje, também, como sua missão pedir a quem tem responsabilidades políticas e competências no poder económico e financeiro, que se promova um desenvolvimento baseado no respeito da dignidade de todo o homem”. Quantas vezes reconhecemos as nossas incapacidades perante a gravidade de situações? Ninguém nos poderá calar e nunca estamos contra ninguém – nem muito menos a fazer política – se denunciamos casos que conhecemos e onde a dignidade humana nem sempre é respeitada. Também aqui a dimensão externa da missão da Igreja deve acontecer. Se muito se tem feito, muito mais se poderia fazer se houvesse esta preocupação de ver o mundo dos mais fracos e lhes oferecer o mínimo exigível para um ser humano. Os contrastes continuam a acontecer e são muitos os que vivem abaixo da elementar dignidade. 5 – A misericórdia de Deus no Sacramento da Reconciliação: Ver as multidões, no sentido individual ou familiar, ter compaixão por elas, em nome e como Cristo, deverá conduzir-nos à necessidade de, como crentes, experimentar a mesma misericórdia de Deus. A salvação oferecida por Cristo, sendo global, implica o material e o espiritual. Ver fora terá de conduzir à dimensão interna do nosso existir, reconhecendo que o pecado continua a oprimir-nos e, por isso, necessitamos de experimentar a Sua misericórdia, através do Sacramento da Reconciliação. O mundo moderno pretende fugir à necessidade de “arrumar a casa” interior e, numa paragem serena, efectuar uma avaliação da vida onde aliamos o perdão de Deus à vontade dum itinerário de perfeição a percorrer. A Quaresma torna-se, desta maneira, o tempo diferente para agir dum modo diferente porque queremos ser diferentes. A prescrição de se reconciliar, na celebração individual do sacramento, não é um cumprimento burocrático e moralista dum mandamento. Colocamo-nos em questão durante um tempo determinado e queremos celebrar um encontro festivo com este Deus misericordioso que perdoa mas não quer deixar a vida na mesma. Houve tempo em que a reconciliação era encarada dum modo apressado e sem o mínimo de consciência. Talvez por isso muitos se tenham afastado desta experiência reconfortante. Será ousadia solicitar aos sacerdotes disponibilidade de tempo e, particularmente, de coração para acolher as pessoas com o cuidado necessário? Será ingenuidade esperar que os cristãos dediquem a Quaresma a este centrar-se nas exigências da misericórdia de Deus para dar um sentido novo ao Sacramento da Reconciliação? 6 – Conclusão: Pistas de renovação pessoal e comunitária: Termino sintetizando e deixando pontos concretos para uma peregrinação que partindo de dentro se encontre com o mundo exterior e, em simultâneo, reflectindo sobre a família (pessoal e da comunidade) penetre no labirinto de tantas questões existenciais. São pistas ou sugestões a que cada um, no silêncio e oração, deverá dar um conteúdo programático para a festa do encontro com Cristo Ressuscitado. A ideia central a descodificar, semanalmente, está na atitude de Jesus para com o povo que nós como Arquidiocese e nesta Quaresma aplicaremos, preferencialmente, à família. A cultura da misericórdia acompanha-nos como ideia central. A encíclica “Deus é amor” pode completar a reflexão. 1 – Ver a realidade da minha família e, particularmente, das famílias da minha comunidade. Conhecer criteriosamente esta realidade desconhecida. O Contributo Penitencial deve ser proposta desta perspectiva de renunciar para dar na consciência de ser família. 2 – Descortinar a verdadeira identidade da família para, num mundo de confrontos, ser famílias segundo o modelo cristão. 3 – Conhecendo a sua real identidade, ter a coragem de dizer, em nome da liberdade religiosa, a doutrina que assumimos. 4 – O mundo das famílias necessita duma compaixão feita em gestos de auto-doação e atitudes de quem responde às variadíssimas perplexidades. 5 – Somos intérpretes da misericórdia de Deus. Teremos de a experimentar na celebração serena e bem preparada do Sacramento da Reconciliação. 6 – Preparar um plano de vivência da Semana Santa com as interpelações que foram sendo descobertas e que, na misericórdia de Cristo que morre para dar vida, queremos continuar numa Páscoa de libertação. 7 – A Ressurreição de Cristo, como anúncio da sua ressurreição e presença na história de cada família, convida a deixar uma mensagem em cada lar para uma festa Pascal de cariz familiar. Famílias inteiras podem a integrar o compasso, simbolizando a responsabilidade que elas assumem de anunciar o “Evangelho da Família”. Não somos discípulos dum Cristo doutrina nem muito menos duma personalidade histórica. Continuamos hoje o Seu projecto que nasce dum protagonismo capaz de conciliar a contemplação com a luta por um mundo novo. Nascidos da Paixão Redentora de Cristo, por Ela e no Espírito Santo, entramos no seio da Santíssima Trindade e confiamos o encargo de ser família cristã à Família de Nazaré onde José é figura do muito trabalho a realizar, Maria contempla e age no silêncio e Jesus é Palavra que anuncia determinadamente, gasta a Sua vida “fazendo o bem”. Contributo Penitencial O cristianismo nunca foi só um conjunto de mandamentos a cumprir. O cristão é colocado perante Cristo e aceita-O como “caminho” a percorrer em atitudes concretas que manifestam a vontade duma profunda identificação com a Sua maneira de pensar e agir. Este projecto de vida assemelha-se a uma peregrinação que, na aceitação das limitações humanas, necessita de “alertas” que se assumem em períodos especiais. A Quaresma é este tempo “diferente” que através da oração, do jejum, da meditação da Palavra, reconhece o “primado” de Deus como Pai a viver na aceitação duma Fraternidade Universal. Colocando-se perante Deus reencontra-se a dignidade de todo e qualquer ser humano e renuncia-se a coisas supérfluas para partilhar numa generosidade alegre. O contributo Penitencial ou Renúncia Quaresma tem este significado. Renuncio, conscientemente e como programa pessoal, para poder “contribuir” para causas da Arquidiocese e da Igreja Universal e isto como vivência duma Penitência, ou seja, exigindo sacrifícios. Como nos anos anteriores, o Contributo Penitencial reverterá para causas diocesanas e iniciativas que nos consciencializam da solidariedade universal. Neste sentido, determino: - A Casa Sacerdotal continua a ser objecto duma predilecção dos cristãos para que os sacerdotes sintam as condições humanas necessárias para uma entrega incondicional ao Reino de Deus. Em nome dos sacerdotes de idade e dos doentes, manifesto a minha gratidão e espero uma generosidade concreta de todos, sacerdotes e leigos. - No dia 12 de Dezembro de 2006 completam-se 25 anos da morte de D. Manuel Ferreira Cabral. O Bispo da Diocese da Beira, onde ele serviu a Igreja, solicitou uma ajuda para o Secretariado da Pastoral dessa Diocese. Reavivaremos a nossa consciência missionária e recordaremos o testemunho de vida evangélica que D. Manuel “semeou” na Arquidiocese. - Por determinação do Conselho Presbiteral destinaremos uma pequena parte para a construção de novas igrejas e por compromisso da Conferência Episcopal Portuguesa entregaremos idêntica quantia para o Fundo de Solidariedade da mesma. Espero que todos os agentes de pastoral procurem comunicar o verdadeiro significado do Contributo Penitencial e conduzam as comunidades para uma vivência da Quaresma geradora dum encontro com Cristo. + Jorge Ferreira da Costa Ortiga, Arcebispo Primaz de Braga


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