Documentos

Reconciliação entre cristãos é uma urgência

Comunidade de Taizé
...

Reflexão do irmão Alois no Encontro Europeu de Jovens

Para o irmão Roger, a urgência de viver uma reconciliação entre cristãos não era simplesmente um tema de reflexão. Era uma evidência. Para ele, o que importava antes de mais era viver o Evangelho e comunicá-lo aos outros. E só se pode viver o Evangelho em conjunto. Viver separados não faz qualquer sentido. Já quando ele era jovem, o irmão Roger colocava a si próprio a questão: como podem os cristãos falar de um Deus de amor e continuar divididos? Como podem por vezes utilizar tantas energias a justificar separações? Procura-se sem cessar uma comunhão entre cristãos. Se esta procura quer dizer apenas colocarmo-nos uns em frente aos outros e discutir, faltará no entanto o essencial. Então, o que é o essencial? O essencial é virarmo-nos em conjunto para Cristo, que continua vivo e sempre presente. É o que fazemos na oração comunitária, também aqui em Milão. Voltarmo-nos em conjunto para Cristo, apercebermo-nos da sua presença; poderemos fazê-lo sempre, mesmo permanecendo em silêncio. Nestes dias, estamos reunidos, vindos de países e de tradições muito diferentes, e é-nos dado realizarmos como que um sinal da comunhão profunda que une todos os baptizados. Sim, nós queremos antecipar uma unidade visível dos cristãos. Nós procuramos estar atentos ao chamamento de Cristo: que eles sejam um para que o mundo acredite! Sem reconciliação, não é possível pronunciar uma palavra que seja credível. Sem reconciliação, a mensagem de paz do Evangelho torna-se inaudível. A reconciliação dos cristãos não é um fim em si mesmo; os cristãos procuram-na para serem fermento de paz e de confiança em toda a família humana através da terra. Nesta noite, podemos fazer esta oração: Deus de bondade, mesmo se somos incapazes, no Natal tu nos chamas a levar a paz onde houver oposições e a tornar perceptível através da nossa vida um reflexo da compaixão de Deus. Sim, tu permites que amemos e que o digamos através da nossa vida. Sexta-feira à noite, 30 de Dezembro de 2006


Taizé