O MOVE – Movimento de Pais sempre defendeu a Educação Sexual (ES) de oferta obrigatória e plural por parte das escolas e frequência facultativa por parte dos Pais e Encarregados de Educação, estabelecendo assim a verdadeira parceria família-escola que todos apregoam e muito poucos aplicam. A Sra. Ministra de Educação declarou obrigatória a frequência da ES nas nossas escolas em oposição a estes princípios .
O MOVE tem, desde então, referido como fundamentais duas vertentes deste tema: a formação dos formadores e a forma de colaboração entre escolas e encarregados de educação.
Foi tornado público, há dias, o relatório final do Grupo de Trabalho de Educação Sexual (GTES).
1. Quanto à formação de formadores, é dada importância à formação do professor-coordenador em cada escola, deixando por definir uma formação mínima exigida a todos os professores que vão tratar temas de ES em ambiente de sala de aula, com diferentes níveis de maturidade, diferentes valores familiares e sociais e diferentes níveis de inocência.
O MOVE considera que foi dada insuficiente importância a uma vertente tão essencial.
2. Quanto à colaboração entre pais e escola, o relatório refere-a nas primeiras páginas como “essencial” e “fundamental”, ideia com a qual o MOVE se identifica totalmente. Algumas das referências seguintes apontam, porém, numa linha de informação aos pais sobre as fases do processo, informar os encarregados de educação sobre o que está em curso.
O MOVE tem noção que implementar uma parceria entre pais e escola é complexo e de grande exigência, mas considera estas últimas directivas pouco claras e arriscadamente insuficientes para promoção duma vertente que todos consideram tão importante. Dar informação aos pais ou auscultar os pais não é o mesmo que colaboração entre pais e escola!
3. Neste relatório o GTES informa que constituiu uma sub-comissão para avaliação dos manuais, cuja actuação é descrita num anexo.
É preocupante constatarmos que alguns dos manuais e videos avaliados com nota máxima em todos os items e recomendados para utilização com os nossos filhos são exactamente aqueles que provocaram em pais e encarregados de educação de todo o país uma surpresa e uma reacção tão negativas desde há dois anos! (ver http://www.move.com.pt/comunicados.htm)
Vamos voltar ao mesmo? Não aprendemos nada? É o que parece!
O MOVE apela aos Pais e Enc. de Educação para que não deixem este tema nas mãos de outros!
Cabe aos Pais e Enc. de Educação dirigirem-se às escolas e tornarem-se activos na Educação Sexual que vai ser leccionada aos vossos filhos!
10 de Outubro de 2007
MOVE – Movimento de Pais