Simpósio sobre a Missionação Obras Missionárias PontifÃcias 04 de Junho de 2004, às 18:30 ... Linhas de força, apelos e desafios O Simpósio sobre a Missionação reuniu cerca de duas centenas de participantes no Auditório Cardeal Medeiros, da Universidade Católica Portuguesa, a 3 e 4 de Junho sob o tema «Diálogo, Testemunho e Profecia. Para uma missão ad gentes no terceiro milénio». A sessão de abertura contou com a presença e as palavras de estÃmulo de D. José Policarpo, cardeal-patriarca de Lisboa. Participaram ainda o Prof. Doutor Manuel Braga da Cruz, reitor da UCP, o Doutor Peter Stilwell, director da Faculdade de Teologia da UCP, e o P. Manuel Durães Barbosa, Secretário da Comissão Episcopal das Missões e Director Nacional das Obras Missionárias PontifÃcias. LINHAS DE FORÇA Dos temas expostos destacamos algumas linhas de força: 1. A história é a agenda da missão. É em diálogo com a história que a Igreja procura descobrir os caminhos da evangelização. Assim, cada época e cada situação histórica configuram o modelo de missão que melhor corresponde aos apelos do seu tempo. 2. O tempo em que vivemos é caracterizado pela globalização e por um movimento migratório que provoca uma grande diversidade interactiva de culturas, religiões e situações sociais. A missão do nosso tempo terá de ter em conta esta pluralidade. 3. A polivalência do conceito de missão é umas das causas do afrouxamento do compromisso missionário. Importa, portanto, esclarecer, precisar e clarificar o conceito especÃfico de missão ad gentes no contexto mais alargado da evangelização e da nova evangelização. 4. A BÃblia revela que Deus escolhe através dos tempos enviados para anunciar o seu desÃgnio de salvação a favor de todos. Deus continua a chamar e a enviar hoje. «O missionário, com a força do EspÃrito de Cristo, aceita andar contra mão nesta sociedade do nosso tempo para semear vida e esperança.» 5. A fonte trinitária da missão interpela-nos a uma mÃstica missionária consistente e testemunhante. O missionário é a primeira terra de missão e só na fidelidade à sua intimidade com Deus é que pode ser o profeta que ajuda a descobrir os caminhos do EspÃrito no anúncio do Evangelho. 6. A teologia da missão, depois do Vaticano II, tem dado particular relevo à s raÃzes trinitárias e ao protagonismo da Igreja local na evangelização. 7. A missionação da China é um exemplo paradigmático da necessidade da missão se integrar na realidade local e de dialogar com a cultura de acolhimento. 8. No novo contexto das migrações o diálogo inter-religioso é um espaço de missão incontornável. Esse diálogo interpela a procurar os caminhos do EspÃrito e os valores das outras religiões. O Islão é um desafio particularmente actual. 9. A inculturação é um desafio para a evangelização, porque «a Igreja deve inserir-se em todos os agrupamentos humanos, impelida pelo mesmo movimento que levou o próprio Cristo na incarnação a sujeitar-se à s condições sociais e culturais dos homens com quem conviveu.» APELOS E DESAFIOS 1. Este Simpósio insere-se no contexto de preparação para o Congresso Missionário de 2006, que pretende ser um marco na renovação missionária da Igreja portuguesa. 2. DaÃ, a necessidade de motivar e mobilizar os responsáveis diocesanos e os leigos para a preparação e vivência deste Congresso. 3. Às Igrejas locais pede-se um empenho muito particular na missão ad gentes. 4. Há espaços interpelativos à missão ad gentes como as minorias étnicas, a juventude, as questões da justiça e da paz, o mundo da mobilidade, os meios de comunicação social e outros parceiros culturais, as periferias. 5. O novo dinamismo da missão depende dos leigos, que têm um espaço próprio e único neste processo de revitalização missionária. 6. Na mÃstica da missão emergem alguns desafios particularmente apelativos como a globalização, a dinâmica da gratuidade evangélica, o testemunho de vida comunitária e uma espiritualidade de risco e insegurança. Lisboa, 4 de Junho de 2004 Os participantes no Simpósio sobre a Missão Missões Share on Facebook Share on Twitter Share on Google+ ...