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Uma estrela na solidão

D. Albino Cleto
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Mensagem de Natal do Bispo de Coimbra

As melodias da rádio, os anúncios da televisão e as surpreendentes iluminações das ruas já nos anunciaram desde há se­manas que chegámos de novo ao Natal. E todos nos aprontamos para o celebrar com paz e alegria, desejando uns aos ou­tros que ele seja "um natal feliz". E que faremos, para que assim aconteça? Creio que, antes de mais, importa ter bem presente a origem, a causa dos nos­sos sentimentos festivos: Deus nasceu na Terra, apareceu na nossa carne! Assim. para quem é cristão, não há Natal sem Cristo. Surgem frequentemente críticas cele­bração degenerada deste mistério, celebração cada vez mais comercializada, baru­lhenta, esvaziada do amor universal que a deve caracterizar. Mas, de pouco valem as crí­ticas se a nossa atitude não for construtiva. Por isso, neste Dezembro de 2005, peço aos cristãos e a todas as pessoas amantes da sinceridade que vivam um Natal diferente. Contemplem elas pró­prias e mostrem aos outros, na intimidade e em público, a verdade que fez o Natal: Deus tornou-se Menino, para vir ao nosso encontro e morar connosco. Iremos reconhecê-lo onde Ele perma­nece agora, sempre humilde como em Belém. Neste ano, lembro aos diocesanos de Coimbra o propósito que temos de O visitar naqueles que vivem sozinhos. São da nossa família, moram na nossa rua, pertencem à minha turma, trabalham no mesmo emprego... Acendamos junto deles uma estrela de alegria, que ilumine a sua solidão. E para lembrarmos que Jesus Cristo foi essa luz de amor que brilhou em Belém, tornemos públicos os sinais que dele nos falam: agora, no lugar do crucifixo, esteja o presépio. Que ele se veja em nossa casa, nas montras e nas praças, so­bretudo no nosso coração. E que a todos o Filho de Deus conceda um Natal de paz, abençoado no calor da família. + D. Albino Cleto


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