Dossier

Luís Filipe Santos

II Concílio do Vaticano: «Transferências» e novos bispos no episcopado português (II)

O trabalho comum do pastor e dos cristãos foi a nota teológica mais saliente das palavras proferidas por D. João Saraiva ao tomar posse, 13 de fevereiro de 1966, na Sé do Funchal (Madeira). "Quando um bispo entra numa diocese, todos desejam saber qual é o seu plano de ação e de trabalho. No meu caso, parece-me prematuro definir iniciativas ou esboçar orientações". Antes de definir os trabalhos pastorais, D. João Saraiva deseja "ver, observar e conhecer".
Luís Filipe Santos

II Concílio do Vaticano: «Transferências» e novos bispos no episcopado português (I)

Quando entrou, a 30 de janeiro de 1966, na Diocese do Algarve, D. Júlio Tavares Rebimbas (Bunheiro, Murtosa, 21 de Janeiro de 1922 - Porto, 6 de Dezembro de 2010) deixou vários apelos e as suas palavras "comoveram profundamente muitos sacerdotes e fiéis algarvios".
Luís Filipe Santos

II Concílio do Vaticano: «Transferências» e novos bispos no episcopado português

Após o encerramento do II Concílio do Vaticano (dezembro de 1965), num curto período de tempo (23 de janeiro a 28 de fevereiro de 1966) foi assinalado pelo fato de seis bispos portugueses terem tomado posse de seus novos cargos, o que pode ser interpretado como sintoma e esperança de renovação pastoral.
D. Custódio Alvim
Luís Filipe Santos

II Concílio do Vaticano: A língua de Camões ouviu-se na Basílica de São Pedro

O arcebispo de Lourenço Marques (Moçambique), D. Custódio Alvim, e o arcebispo de Évora, D. Manuel Trindade Salgueiro, foram os primeiros padres conciliares portugueses a discursar na I sessão do II Concílio do Vaticano que decorreu de 11 de Outubro a 08 de Dezembro de 1962.
Luís Filipe Santos

II Concílio do Vaticano: As artes ao serviço da Liturgia

Na área da estética vive-se hoje "um tempo de graça" em que é possível recuperar as raízes da iconografia cristã, "superar o divórcio secular entre a Estética e a Teologia e deixar para trás os equívocos e desencontros que os nossos antepassados tiveram de suportar", disse D. João Marcos,
Luís Filipe Santos

II Concílio do Vaticano: Abertura dos umbrais da Igreja a todos

O antigo diretor do Secretariado Nacional das Comunicações Sociais sublinha que esta assembleia magna convocada pelo Papa João XXIII e continuada pelo seu sucessor, Papa Paulo VI, "não se submeteu ao efémero, não se inspirou nos rumores da época, mas não esteve surdo aos apelos de todos os tempos e do seu tempo concreto que a Igreja vivia no lastro misterioso da sua história".
Luís Filipe Santos

II Concílio do Vaticano: A Igreja não pode ficar fechada na sacristia

O missionário da Consolata revela que a constituição «Gaudium et Spes» é o "olhar amoroso da Igreja sobre o mundo, a cara carinhosa da Igreja sobre as realidades terrenas. Toca os temas candentes da Igreja de há 50 anos mas, em embrião, estão lá todas as situações que hoje afligem a humanidade: a fome, a guerra e a paz, a dignidade e os direitos humanos"
Luís Filipe Santos

II Concílio do Vaticano: Clericalismo e anticlericalismo foram sepultados?

Para Bernard Haring, «o clericalismo e o anticlericalismo foram verdadeiro espinho para a Igreja nos últimos séculos». Do complexo problema do clericalismo faz parte também a tentativa dos Papas, dos bispos e dos teólogos da Idade Média para atribuir à Igreja «um poder direto sobre as coisas temporais e governá-las por meios coercitivos espirituais e civis».
Luís Filipe Santos

II Concílio do Vaticano: Novo caminho entre católicos e anglicanos

Para se poder avaliar o alcance da visita do arcebispo de Cantuária ao Papa Paulo VI, realizada a 23 de março de 1966, é necessário dar o devido relevo a um vasto conjunto de circunstâncias que à primeira vista podem parecer meros pormenores. De facto, só uma "grande atenção aos acontecimentos" nos permitirá avaliar o caminho andado desde 01 de dezembro de 1960, quando o anterior arcebispo de Cantuária, Geoffrey Fisher (1887-1972), visitou o antecessor de Paulo VI, o Papa João XXIII.
Luís Filipe Santos

II Concílio do Vaticano: Quando os seminaristas eram «estorninhos» e «melros pretos»

Para o padre João Maria Borges da Costa de Sousa Mendes, esta dinâmica conciliar começou a ganhar raízes, tanto na vertente exterior como na vivência eclesial. Os seminaristas ficaram cada vez "mais arredados das tradicionais vestes talares e dos passeios em numeroso grupo pelas ruas da cidade, ao ponto de serem jocosa e carinhosamente tratados por «estorninhos» ou «melros pretos»"