Dossier

Alexandrina Maria da Costa

Octávio Carmo
...

Biografia

Alexandrina Maria da Costa nasceu em Balasar, Póvoa de Varzim, Arquidiocese de Braga, no dia 30 de Março de 1904, e foi baptizada no dia 2 de Abril, Sábado Santo. A sua infância foi muito viva: dotada de temperamento feliz e comunicativo, era muito querida pelas colegas. Aos 12 anos, porém, adoeceu: uma grave infecção colocou-a quase à morte. Superou a doença, mas a sua saúde ficou abalada para sempre. Aos 14 anos aconteceu um facto que seria decisivo para a sua vida e que foi recordado pelo cardeal José Saraiva Martins, prefeito da Congregação para as Causas dos Santos, na cerimónia de promulgação do decreto que reconhece um milagre à sua intercessão: Alexandrina de Balasar ficou paralítica na sequência de uma queda aos 14 anos, ao saltar de uma janela para fugir a um homem que a pretendia molestar. Até aos 19 anos pôde ainda arrastar-se até a igreja, onde gostava de ficar recolhida, com grande admiração das pessoas. A paralisia foi avançando cada vez mais, até que as dores se tornaram insuportáveis; as articulações perderam qualquer movimento; e ela ficou completamente paralisada. Era o dia 14 de abril de 1925 quando Alexandrina ficou definitivamente de cama. Até 1928 não deixou de pedir a Deus, por intercessão de Nossa Senhora, a graça da cura, prometendo que se sarasse partiria para as missões. Depois compreendeu que a sua vocação era o sofrimento. O Cardeal Saraiva Martins considerou sobre este tempo que Alexandrina “desenvolveu, da sua cama, um precioso apostolado de oração e aconselhamento a favor dos numerosos visitantes, atraídos pela sua virtude e carisma extraordinários, que exerceu na obediência às autoridades eclesiásticasâ€. Depois de 27 de Março de 1942, Alexandrina deixou de se alimentar, vivendo exclusivamente da Eucaristia. Em 1943, por quarenta dias e quarenta noites, foram rigorosamente controlados por médicos o jejum absoluto e a anúria, no hospital da Foz do Douro, no Porto. Em 1950, Alexandrina festejou o 25º ano de sua imobilidade. E em 7 de Janeiro de 1955 foi-lhe preanunciado que aquele seria o ano da sua morte: no dia 13 de Outubro, aniversário da última aparição de N. Sra. de Fátima, ouviram-na exclamar: “Sou feliz porque vou para o céuâ€. Às 19h30 expirou. Foi proclamada Venerável por decreto da Congregação para as Causas dos Santos em 1995.


Alexandrina de Balasar