Dossier

Corresponsabilidade Eclesial

José Branquinho
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José Branquinho, Membro Conselho Pastoral

O Senhor Cardeal Patriarca, Dom José Policarpo, celebra, e com ele toda a Diocese, o jubileu da sua ordenação episcopal, há 25 anos, e ocorre neste ano também, o quinto aniversário do seu ministério como bispo de Lisboa. Gostaria de evocar, de um tema e de uma atitude que lhe são caros – corresponsabilidade eclesial de quan-tos pelo baptismo integram o Povo de Deus – o seu empenho numa instância diocesana em que eles se exprimem, o Conselho Pastoral Diocesano. O apreço em que o tem revela-se de muitos modos e claramente: na regularidade com que o convoca, na preocupação pelo seu bom funcionamento, no cuidado posto na agenda dos trabalhos, previamente preparada e concertada com a Comissão Permanente, na delicadeza e profundidade da sua presidência, estimulante, de forma expressa, da intervenção dos membros do Conselho, não apenas sobre matérias que lhes submeta mas também sobre outras de que tenham iniciativa e a que os concita para exprimirem “o sentido da Fé do Povo de Deusâ€, a intuição crente, na diversidade nos carismas e ministérios, perante a vida e a propósito dela, no meio em que os cristãos vivem. Escuta e acolhe as intervenções, suscita o debate, participa com a palavra orientadora e assegura sequência pastoral aos trabalhos do Conselho. A vida da diocese, seus problemas e linhas pastorais, na esteira aliás vinda de longe, desde que o Senhor Cardeal Dom António Ribeiro instituiu o Conselho, vêem perpassando no pontificado do Senhor Dom José Policarpo. Toda uma temática importante vem sendo submetida à reflexão do Conselho (Pastoral Específica: vocacional e da comunicação; incidência do jubileu do Ano 2000 na renovação da diocese; restruturação da diocese: ministérios laicais e restruturação da Cúria Dioce-sana, etc.) e também a programação pastoral diocesana. Sem esquecer as celebrações da Eucaristia, a que preside, nas reuniões do Conselho, onde a sua palavra ilumina e alenta, e que têm sido ocasião, algumas vezes, de participação nos ritos de apresentação de candidatos ao diaconado para o serviço da diocese, ministério tão importante na Igreja. No contexto da celebração jubilar, evocar a atitude e a relação do Pastor com o serviço de corresponsabili-dade, em que tanto se empenha, é um motivo de alegria, de gratidão pelo dom multiforme que o Senhor lhe conferiu e ele acolheu com a generosidade da sua vida, e é também um desafio à fidelidade, com ele, a Cristo e à Igreja que formamos.


D. José Policarpo