Dossier

Em ordem a um compromisso com o futuro

ACEGE
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A ACEGE – Associação Cristã de Empresários e Gestores – deixa algumas pistas de reflexão sobre a forma como olha o mundo empresarial e o desenvolvimento das empresas e, consequentemente do nosso país. 1. A procura da excelência no trabalho Para nós, Empresários e Gestores Cristãos, como para todos os outros homens o trabalho é, simultaneamente, necessidade vital e afirmação de liberdade. Por isso acreditamos que o trabalho, desenvolvido de forma competente, honesta e empenhada, é fonte de dignidade e de afirmação da individualidade de cada Pessoa no mundo. Nesse sentido é nossa obrigação promover a excelência do nosso trabalho e das nossas organizações, como critério de responsabilidade social da empresa e de cada um dentro da empresa e como corolário moral dos talentos e oportunidades a todos concedidas. Sabemos que é pelo trabalho que se pode criar valor e riqueza para a empresa. É por isso essencial que cada um desempenho o seu trabalho de forma competente, honesta e inovadora pois é dessa forma que pode ajudar a fazer a diferença no mundo empresarial, originando empresas competitivas capazes de sobreviver e assim manter postos de trabalho de qualidade. 2. Sucesso empresarial e a dignificação dos trabalhadores não são realidades opostas Um segundo aspecto central, e a história prova-o, é que o sucesso empresarial e a dignificação do trabalho e dos trabalhadores não são realidades opostas, mas realidades que se complementam e potenciam mutuamente. Logo, Empresários e Trabalhadores não são adversários, mas, pelo contrário, estão unidos num mesmo objectivo, ambos precisam uns dos outros, ambos têm responsabilidades e deveres, ambos têm de ser competentes, produtivos e úteis para a empresa, porque pelo seu trabalho são ambos responsáveis pelo sucesso da empresa e, consequentemente, responsáveis pela manutenção do seu próprio emprego e pelos empregos dos outros. 3. Aceitar a Globalização e a Economia de Mercado A certeza que a economia de mercado e um mundo global, são a nossa realidade e é com essa realidade que devemos viver e pensar as nossas opções. Como referiu Kofi Annan, secretário-geral das Nações Unidas, no seu discurso de aceitação do Prémio Nobel da Paz: «Os principais prejudicados no nosso mundo de hoje tão desigual não são aqueles que estão mais expostos à globalização, mas aqueles que foram deixados de fora». Acreditamos por isso que não interessa combater a globalização, mas sim procurar melhorá-la, abrindo-a a todos e criando condições favoráveis ao comércio livre, derrubando barreiras e fomentando, nos países onde necessário, a Educação, um Estado de Direito e as condições para a livre iniciativa empresarial. 4. Capacitação das empresas para responder às exigências do mercado A obrigatoriedade de perceber que o mercado alterou-se e não vale a pena continuar a pensar conceitos passados como em empresas sem riscos ou postos de trabalho para a vida. Hoje, quer gostemos quer não, a empresa se quer sobreviver tem de ter capacidade para responder rapidamente às exigências do mercado, para se ajustar à realidade do negócio. Nesse sentido os gestores e os trabalhadores têm de flexibilizar também as suas funções, encontrar compromissos de actuação para continuarem a ser úteis, para possibilitarem a sobrevivência e o êxito da empresa. 5. A necessidade de um Estado de Direito Finalmente, é essencial que exista e funcione um Estado de Direito capaz de fazer cumprir a Lei, punindo os infractores, regulando os mercados e a concorrência e assumindo a defesa dos mais pobres e a reintegração de todos aqueles que estão fora do mercado de trabalho. Cinco pistas de reflexão que implicam um caminho que não é fácil, nem imediato, mas que, se não for percorrido, nunca nos possibilitará chegarmos ao tão desejado patamar de desenvolvimento onde cada pessoa possa cumprir a missão que Deus sonhou para ela, contribuindo assim para o desenvolvimento de toda a Sociedade. Associação Cristã de Empresários e Gestores


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