Dossier

Fundação Evangelização e Culturas

Sandra Arson Lemos
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Sandra Lemos, F.E.C.

Após o caminho de entendimento, solidariedade e colaboração entre as Igrejas Lusófonas lançado pelas Comemorações dos 5 Séculos de Evan-gelização e Encontro de Culturas durante toda a década de 90, a Fundação Evangelização e Culturas (FEC) viu revistos os seus estatutos para passar a ser a entidade que, por excelência, teria como missão dar continuidade a esse espírito de cooperação missionária, intercâmbio e ligação entre as Igrejas de língua oficial portuguesa. Sob mandato da Conferência Episcopal Portuguesa e dos Institutos Religiosos (CNIR e FNIRF), a Fundação procura assim atender à promoção de uma maior unidade operativa da Igreja Portuguesa no seu relacionamento com as restantes Igrejas Lusófonas, visando a utilização eficaz dos diversos meios disponibilizados para a cooperação e animação missio-nária (cfr.Estatutos da FEC). As iniciativas e projectos que vão nascendo tendem, pois, a enquadrar-se no incremento de acções de carácter cultural e educacional, procurando o desenvolvimento integral dos povos e a continuidade, valorização e consolidação dos laços religiosos, históricos e culturais mantidos desde há cinco séculos (cfr.Estatutos, art.2º). Plataforma de Bispos e Plataforma de Leigos Desde o 1º Encontro das Conferências Episcopais dos países lusófonos, realizado em Fátima em 1996, e reforçado em 1999 em Angola, que a FEC tem estado presente enquanto entidade articuladora desta Plataforma das Igrejas Lusófonas, em coordenação com o Secretariado Geral do Episcopado em Portugal. Cumprindo esta vocação de promotor da ligação entre várias entidades, também ao nível de movimentos de Leigos Missionários tem sido fomentado o intercâmbio e partilha de experiências, a informação e comunicação, a formação e outros meios que multipliquem o potencial de projectos de voluntariado missionário. No último ano a FEC contabilizou perto de 300 jovens portugueses que partiram para terras de missão ad gentes, num total de 27 entidades. Parcerias para a Educação Respondendo a um apelo da Cooperação Oficial Portuguesa que, num protocolo com a FEC em 2000, reconheceu o importante trabalho de promoção e defesa da língua e dos valores essenciais da cultura portuguesa desenvolvido pelos missionários, leigos e religiosos, ligados às Igrejas Cristãs, em especial à Igreja Católica, junto das populações lusófonas, estão em curso dois projectos na área da Educação, um em Angola e outro na Guiné-Bissau, com vista ao reforço da Formação dos Professores em regiões do interior destes países. Dois projectos em estreita parceria com as Igrejas locais e que se traduz em projectos de Promoção da Língua Portuguesa, Formação Pedagógica de Professores, dinamização de Bibliotecas, entre outros, em regiões pertencentes às Dioceses de Bissau e Bafatá na Guiné-Bissau, e às Dioceses de Malange, Huambo e Lubango em Angola, contando anualmente com 20 técnicos voluntários portugueses e envolvendo mais de 2.000 professores. Guiné-Bissau: Imagens e Vozes Procurando igualmente dar a conhecer a realidade da Guiné-Bissau, a FEC está a promover a itinerância de uma Exposição Fotográfica, em parceria com a Câmara de Santa Maria da Feira. Procurando promover a cooperação descentralizada através dos municípios geminados com localidades da Guiné-Bissau. Esta exposição já esteve patente em Santa Maria da Feira, Porto e Vigo, estando já agendado para os municípios de Viana do Castelo, Valpaços, Sintra e Oeiras. Paralelamente a esta exposição têm-se realizado um conjunto de acções com vista à sensi-bilização do papel da Educação e da Língua Portuguesa neste país. Porquê continuar a apoiar as Igrejas Lusófonas? Outros projectos, como sejam o apoio às Rádios Católicas Lusófonas, procurando que sejam cada vez mais instrumentos de Paz, Democracia e Evangelização, ou o Programa de Geminação de Paróquias, que visa a criação de laços entre comunidades católicas de diferentes países, são tudo formas de, em comunhão, assumirmos que deve existir uma co-responsabilização entre as Igrejas de Língua Portuguesa. Esta colaboração é possível e desejável, pelo que a FEC irá continuar a trabalhar para que esse compromisso seja uma verdade cada vez mais fortalecida. Sandra Lemos, F.E.C.


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