Dossier

Novos caminhos para a acção da Igreja

Agência Ecclesia
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O presidente da Comissão Coordenadora Nacional das Semanas Sociais, Manuel Porto, faz um balanço muito positivo da iniciativa agora concluída, na qual se delineou "um projecto de sociedade em que não haja desemprego". Em declarações à ECCLESIA, o responsável sublinhou que uma das grandes conclusões que se podem retirar é que "o empreendorismo, a iniciativa e a educação" devem ser apostas fortes. Sobre o conjunto de personalidades que se deslocaram até Braga para dinamizar este encontro, Manuel Porto destaca a presença de Jacques Delors e do Cardeal Renato Martino, "duas pessoas extraordinárias". A opção, esclarece, foi a de trazer "pessoas com responsabilidade, dentro e fora da Igreja, que sentem o problema do emprego". Assegurando que o Estado "não pode fazer tudo" e que a consciência não pode estar tranquila perante o drama do desemprego, Manuel Porto afirma que a criação de empregos é mesmo uma "obrigação moral" para as pessoas que têm possibilidade "por mais modesta que seja" para isso. A acção da Igreja, neste sentido, não tem paralelo no nosso país quando se trata de responder a necessidades sociais e criar políticas de emprego. "Ninguém melhor do que a Igreja para falar destes temas", assegura o presidente da Comissão Coordenadora Nacional das Semanas Sociais. A organização da iniciativa vai editar em breve um livro com as comunicações proferidas durante os vários dias de reflexão. Neste evento, promovido pela Comissão Episcopal do Laicado e Família da CEP, estiveram representados todos os distritos e Dioceses, num total de 500 pessoas que passaram pelos vários momentos de trabalho. Manuel Porto espera que, concluídas as Semanas Sociais, a obrigação de construir um mundo "próspero e solidário", que marca a Doutrina Social da Igreja, seja assumida por todos "no respeito pela pessoa humana, com o contributo insubstituível de cada um de nós".


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