Análise do Cardeal Stafford, antigo presidente do Conselho Pontifício para os Leigos
O Cardeal Francis Stafford, até há alguns dias Presidente do Conselho Pontifício para os Leigos, recorda nos 25 anos de pontificado do actual Papa a insistência “para que os leigos partissem de Cristo, com uma renovada autoconsciência da própria vocação e missão.”
O Cardeal assume a contradição entre esse desejo de João Paulo II e a realidade, muitas vezes marcada por uma procura, às vezes confusa, da identidade do leigo em relação aos clérigos e religiosos, ou na reivindicação de espaços de poder.
“Por isso, o Papa sempre insistiu que a presença de Cristo, por meio da comunhão, se torne para os leigos algo decisivo para toda a vida”, refere à Radio vaticano.
O Cardeal Stafford recorda que JPII sempre levou os leigos a constatarem como a presença de Cristo transforma e torna mais humano o matrimónio e a família, os afectos e o trabalho, e desperta uma nova sensibilidade, conhecimento e juízo de toda a realidade.
“O Papa encoraja os leigos na defesa da cultura da vida, no verdadeiro bem do matrimónio e da família, no amor preferencial pelos pobres, na construção de formas de vida mais dignas do homem e de todos os homens”, assegura.
A relação estabelecida com os jovens, principalmente com a realização dos Dias Mundiais da Juventude, é também um elemento de destque. O Cardeal Stafford analisa esse aspecto do pontificado como o paradigma de um renovado encontro e diálogo entre a Igreja e os jovens, para que se sintam parte dela e, portanto, “esperança da Igreja e do mundo”.