Dossier

Um crisântemo de saudade, com serenidade e para santidade

A. Silvio Couto
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Para o dia de ‘Todos os Santos’ e/ou ‘Fiéis Defuntos’

A flor do crisântemo, usada nesta época do ano, carrega um sabor quase fúnebre – dada a sua conotação com a época de finados – trazendo-me à memória vivências de antanho, perpassadas de nostalgia e interiorização. Eis breves reflexões sobre o exuberante crisântemo da nossa consolação. * Um crisântemo de saudade diante dos entes queridos que partiram, fazendo memória das suas feições e atitudes, lembramos quantos nos deram e, porventura, pouco receberam, saudando em cada pétala dessa flor cálida a vida entretanto colhida. * Um crisântemo com serenidade diante dos que partiram, exercitamos a conduta do nosso tempo presente, sentimos que temos de saber ser presença crente neste mundo agnóstico, enquanto acompanhamos quantos são ceifados desta vida corrente. * Um crisântemo para a santidade diante dos que, por razões de ofício/ministério, temos de saber acompanhar na hora da despedida, comungamos das agruras, tristezas e mesmo angústias de quantos perderam os seus, acolhendo Deus e os seus sinais. O crisântemo torna-se, assim, como que uma flor profética com simbologia de perenidade e motivação de eternidade. Ao meu pai, já falecido há cerca de trinta anos, ofereço um crisântemo de saudade, como serenidade e para viver a meta da santidade. A. Sílvio Couto


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