Evangelho hoje António Rego 07 de Outubro de 2003, às 13:13 ... Este mês de Outubro é celebrado na Igreja Católica com um particular empenhamento missionário. As canonizações de Comboni, Janssen, Freinademetz e Teresa de Calcutá são o rosto visÃvel dessa preocupação que surpreende a Igreja numa difÃcil e apaixonante encruzilhada da Missão. Por um lado cresce o imperativo de Jesus de anunciar a Boa Nova a todos os povos. Percebe-se, entretanto, que dentro da própria Igreja surgem novos dinamismos, nomeadamente no aparecimento de leigos disponÃveis para trabalho de missão em termos novos, aliados ao desenvolvimento e ao voluntariado. Mas, obviamente limitado. Um terceiro olhar diz respeito à nova forma de abordagem de outras culturas e tradições, num respeito sagrado pelo Evangelho, já existente em gérmen, mas necessitado de explicitar e expandir. Comboni voltou-se para Ãfrica, Janssen para a China. O primeiro olhar de ambos foi de aprendizagem em continentes e culturas tão dÃspares. Teresa de Calcutá voltou-se para outro continente, o dos excluÃdos em qualquer sÃtio do planeta, os últimos dos últimos, mergulhados na cultura da dor, permanentemente escorraçados para a fronteira do esquecimento. Os novos movimentos de migração e a grande mobilidade religiosa em todos os quadrantes, lançam novos desafios à missão. O Cristianismo desce na Europa e cresce na Ãfrica e alguns paÃses da América Latina. O Islamismo assenta arraiais fortes em terrenos que habitualmente lhe eram estranhos. Os fenómenos mágicos e aquilo que conhecemos como seitas possivelmente têm mais ruÃdo que eficácia, mas vêm ocupar um espaço labirÃntico em muitas inquietações do homem de hoje, fora do âmbito institucional. Não há duas celebrações iguais no Dia das Missões. Mas todas têm em comum a oração e a procura dos sempre novos caminhos para a chegada urgente do Reino de Deus e os tempos que vivemos abrem novas surpresas no dizer o Evangelho. António Rego Reflexo Share on Facebook Share on Twitter Share on Google+ ...