Editorial

Uma visita

Agência Ecclesia
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Paulo Rocha
Paulo Rocha

A paz, o conhecimento e a boa proximidade entre pessoas e comunidades acontece muitas vezes depois de uma visita! Vamos a isso!

Visita é uma palavra com um denso humanismo. Assim é obviamente quando em causa está o acolhimento a uma visita de amigos ou familiares, distantes há muito ou pouco tempo; quando fazemos uma visita a quem está só, doente ou marginalizado; quando deixamos ocupações aparentemente mais urgentes para reservar tempo para uma visita a quem precisa de falar, conversar, estar… O mesmo humanismo acompanha a palavra na circunstância de uma visita a um local desconhecido, da visita finalmente conseguida a um destino que a história recomenda e até da visita de ocasião, nas circunstâncias de qualquer viagem de trabalho ou lazer.

E quantas vezes uma visita é o acontecimento maior de um ano, de um tempo de trabalho, de um períodos de férias! O local, as circunstâncias e sobretudo as pessoas determinam esses momentos marcantes em cada biografia, pessoal, familiar ou de um grupo, tantas vezes recordados em torno de tremoços à mesa do café ou do refresco ao cair da noite. E ainda mais pelos serões dentro que o verão sempre cria, muitas vezes no contexto de uma visita, sejam quais forem os ambientes

A visita, aquela que ocupa cartões de memória com fotografias e ainda mais os corações de quem olha e vê, pode acontecer nos recantos de qualquer país. Por isso, abençoado turismo que permite a visita de patrícios e estrangeiros, todos cidadãos do mundo que apostam no conhecimento dos locais e sobretudo das pessoas como meio para estabilizar sociedades agitadas pela também visita inesperada e desumana de homicidas!

Na visita que o turismo sugere, é urgente descentralizar destinos, ter em consideração cada vez mais as periferias e estar permanentemente em saída. Porque o belo não habita apenas a praça conhecida, o templo de celebrações solenes ou os caminhos de rotinas diárias.

A paz, o conhecimento e a boa proximidade entre pessoas e comunidades acontece muitas vezes depois de uma visita! Vamos a isso!

Paulo Rocha



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