Entrevistas

Natural processo de canonização de Irmã Lúcia

Paulo Rocha
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D. João Alves recorda frequentes encontros com Irmã Lúcia

Agência Ecclesia – Faleceu a última vidente de Fátima… D. João Alves - Sim é verdade, mesmo os santos também passam pela morte no seguimento do próprio Senhor Jesus Cristo… AE - contactou algumas vezes com a Irmã Lúcia? DJA - Durante tantos anos que fui bispo de Coimbra, é natural que tivesse contactado com a irmã Lúcia individualmente ou integrada na comunidade religiosa. AE - Que imagem guarda da Irmã Lúcia? DJA - Uma imagem muito agradável e positiva. A Irmã Lúcia inspirava confiança pela paz em que vivia. Uma paz assente na fé e numa constante união a Deus. Era uma pessoa muito serene e interessada pelos problemas da vida, principalmente pelos problemas dos pobres. Estando num mosteiro de contemplativas, verifiquei que se mantinha a par das grandes preocupações do mundo e da Igreja. Por algum acesso à comunicação social e pela informação que lhe chegava através das visitas que, às vezes, recebia. AE - É uma grande perca para a Igreja a sua morte? DJA - Humanamente falando é, porque nos faltará a possibilidade de vermos e ouvirmos uma testemunha privilegiada da fé. Mas, ao mesmo tempo, resta-nos o conforto de sabermos que a Irmã Lúcia junto de Deus não nos esquecerá. AE - Não tardará que se inicia o processo de canonização… DJA - É natural. Tendo vivido a experiência das aparições de Fátima com Jacinta e Francisco, que já foram beatificados, o processo da canonização da irmã Lúcia oportunamente será iniciado por quem de direito.


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