Dia de Portugal: Celebrações inéditas em Paris são «sinal de esperança»
José Coutinho da Silva, antigo diretor do Serviço da Pastoral das Migrações da Conferência Episcopal Francesa
Lisboa, 10 jun 2016 (Ecclesia) – José Coutinho da Silva, antigo diretor do Serviço da Pastoral das Migrações da Conferência Episcopal Francesa, disse à Agência ECCLESIA que as celebrações do Dia de Portugal em Paris são um “sinal de esperança” para os emigrantes no país.
“Esta comemoração com o presidente da República aqui em França, além de surpreendente, corresponde a uma tentativa de recuperar o tempo perdido”, refere o responsável, emigrante em França há mais de 40 anos.
As comemorações do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portugueses dividem-se este ano, e de forma inédita, entre Lisboa, e Paris, onde o presidente da República Portuguesa proferirá os primeiros discursos do 10 de junho do seu mandato.
Na capital francesa, Marcelo Rebelo de Sousa vai condecorar cinco emigrantes portugueses, uma luso-descendente e três franceses.
José Coutinho da Silva entende que a decisão do chefe de Estado de Portugal pode ser entendida como “uma maneira de voltar a dar a esperança a muitas pessoas, sobretudo aos emigrantes mais recentes em França”
“Esta é uma tentativa de dizer que ainda continuamos a ser portugueses e que Portugal, o nosso retângulo, continua a pensar em nós. Eu leio este acontecimento como um voltar a dar a esperança a muitas pessoas que podemos e devemos reconhecer como portugueses”, acrescenta, em entrevistas publicada hoje na mais recente edição do Semanário ECCLESIA.
Para este responsável, é preciso compreender que “quem emigrou não veio para ser rico mas para ‘salvar a vida’, ou seja, construir um futuro”.
SN/OC
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