Rio2016: Campanha católica vai alertar contra «crime» da exploração sexual durante os Jogos Olímpicos

Competição decorre entre 5 e 21 de agosto no Brasil
Brasília, 22 jun 2016 (Ecclesia) – A Igreja Católica apresentou no Vaticano uma campanha de sensibilização contra a exploração sexual e o tráfico de pessoas para a prostituição, que vai decorrer durante os Jogos Olímpicos do Brasil.
De acordo com a Rádio Vaticano, anfitriã da conferência de imprensa, a iniciativa “quer alertar os turistas que irão ao Rio de Janeiro”, para que não contribuam de nenhum modo para alimentar o negócio da prostituição, que neste tipo de ocasiões “se intensifica”.
“Além do desporto em si, os Jogos Olímpicos são uma oportunidade para o lazer, para a cultura e para o emprego temporário, mas são também ocasião para intensificar o turismo sexual, através da ação de grupos criminosos que se organizam para aliciar, explorar e traficar pessoas”, pode ler-se.
“Exploração sexual não é turismo, é crime”, salientou o prefeito da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica, D. João Braz de Aviz.
O cardeal brasileiro recorda que quem sofre mais com o negócio do sexo é “o pobre, a menina pobre, a pessoa pobre”.
Além disso, é todo um país que “vê a sua cultura desrespeitada”.
Esta campanha está a ser promovida pela Rede Internacional da Vida Consagrada contra o tráfico de seres humanos, ‘Talitha Kum’, atualmente presente em 70 países.
A irmã Gabriella Bottani, responsável por esta rede e que também marcou presença na apresentação do projeto, frisou também a importância dos turistas “denunciarem” quem se aproxime deles para oferecerem serviços sexuais.
“Esta é uma grave violação dos direitos humanos e nós pedimos aos turistas que sejam conscientes, que venham para aproveitar a beleza do Brasil, do jogo, das olimpíadas”, exortou.
Intitulada “Jogue a favor da Vida”, esta campanha contra a exploração sexual vai decorrer durante todo o tempo dos Jogos Olímpicos, entre 05 e 21 de agosto.
JCP
Igreja/Desporto