Nacional

50 anos da Província Portuguesa dos Claretianos

Pe. Abílio Pina Ribeiro
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«Celebrar com Esperança»

No dia 16 de Maio de 2006, a Província Portuguesa dos Missionários do Coração de Maria celebra cinquenta anos de existência. Presentes em Portugal desde 1898, os Claretianos só formaram um Organismo independente em 1956. Ao longo deste meio século, muita água correu a uma velocidade alucinante sob as pontes do mundo. O Concílio Vaticano II encheu de ar fresco os pulmões da Igreja e lançou-a pelos caminhos duma nova evangelização. A Congregação Claretiana estendeu-se a países como a Rússia, a Indonésia, o Vietname, a China. E, mais importante do que isso, lavou o seu rosto espiritual e apostólico. No decorrer deste primeiro cinquentenário, a Província Portuguesa sentiu as alegrias e esperanças emanadas do Concílio e da Revolução dos Cravos, a par dos sofrimentos que os ventos da mudança trazem imparavelmente. Alguns membros da Província abandonaram o barco, mas a fé de outros permitiu a abertura de novas frentes de apostolado. A Província, que era só constituída por missionários portugueses, tem hoje nas suas fileiras padres, irmãos, estudantes e noviços de Angola e de São Tomé e Príncipe. Bastantes missionários que também escreveram a história destes cinquenta anos já receberam o prémio eterno dos seus trabalhos. A maioria deles faz-me recordar aquelas figuras que se vêem nalgumas catedrais góticas da Idade Média: uns gigantes sustentando aos ombros uns homens pequenos que, com uma das mãos sobre os olhos, sondam o horizonte. Os gigantes representam os profetas, os apóstolos, os mártires. Aos ombros deles, os demais cristãos podem ver ao longe e peregrinar seguros. Como não evocar grandes figuras de Claretianos como os Padres José Alfredo Martins Morgado, João de Freitas Alves, Francisco Vaz, Joaquim António de Aguiar e outros, a quem por falta de espaço não posso mencionar aqui. Na esteira deles, olhamos nos olhos o futuro com esperança. Os nossos amigos e colaboradores, os actuais e antigos alunos, todos os elementos da família claretiana, convocados ficam para brindar connosco a este jubileu de oiro. Pe. Abílio Pina Ribeiro


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