Nacional

A arma poderosa do Rosário

Luís Filipe Santos
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D. José Augusto Pedreira, bispo de Viana do Castelo, justificou, em Fátima, “a oportunidade e urgência” da recitação do Rosário nas circunstâncias históricas actuais. A oração do Terço, afirmou o Bispo de Viana do Castelo, faz falta “porque importa invocar de Deus o dom da paz”. Sendo recitado em família, alertou, livra esta “instituição fundamental e imprescindível da sociedade” da ameaça de “forças desafregadoras a nível ideológico e prático, que fazem temer pelo seu futuro”. O prelado presidiu, dia 28 de Setembro, à missa da Peregrinação Nacional do Rosário ao Santuário de Fátima, que se realizou pela 48.ª vez sob a orientação da Família Dominicana. Uma forma de “manifestar a sua fidelidade ao dom ou carisma que receberam do seu Fundador, São Domingos de Gusmão”, disse o Bispo de Viana na homilia, lembrando aos peregrinos que a oração do Rosário foi para aquele Santo uma “arma poderosa para combater as heresias” no seu tempo (inícios do século XIII). D. José Pedreira citou também alguns testemunhos de alguns Papas sobre a oração do Terço. “O Rosário foi proposto, por diversas vezes na história da Igreja e do mundo, como oração da paz”. Fizeram-no vários Papas, com “maior insistência pelos quatro ou cinco últimos que presidiram aos destinos espirituais da Igreja. Como não voltar a fazê-lo no início deste novo milénio, particularmente depois do que aconteceu no 11 de Setembro, ou perante o sangue e a violência que lançam o sofrimento e a morte em tantas partes do mundo. É urgente invocar de Deus o dom da paz. E o Terço é oração da paz” – sublinhou o prelado. Por outro lado — acrescentou o Bispo de Viana —, “é bom reconhecer que não é só a paz que está em risco. Que dizer da família! […] Os temores que nos assaltam pelo fracasso da instituição familiar é simultaneamente o que temos pela sorte da sociedade inteira. Por isso, o Santo Padre não hesita em dizer que “o relançamento do Rosário nas famílias cristãs, no âmbito de uma pastoral mais ampla da família, propõe-se como ajuda eficaz para conter os efeitos devastantes desta crise da nossa época”.


Ano do Rosário