Apesar de existirem muitos catequistas falta “formação” nestes educadores da fé – disse à Agência ECCLESIA o Pe. José Cardoso, responsável pelo Departamento da Catequese do Secretariado Nacional da Educação Cristã (SNEC) que promoveu, dia 15 de Junho, em Fátima, um seminário de Reflexão Catequética sobre “Catequese: entre a crise e a renovação”. Uma reflexão orientada por D. Manuel Pelino, presidente da Comissão Episcopal da Educação Cristã, onde referiu que o itinerário dos 10 anos de catequese “foi bem aceite nas paróquias”. Apesar de não ter entrado em todas as comunidades é “um ideal aceite e a concretizar”. Um projecto, apesar da diminuição de frequência nos últimos anos, que foi considerado “positivo” – realçou o Pe. José Cardoso.
Os participantes colocaram também em destaque a dimensão catecumenal da catequese. “Verifica-se que muitas crianças, jovens e adultos que se candidatam ao baptismo e que se dispõem a fazer um itinerário catecumenal em ordem aos sacramentos de iniciação” – acentuou este responsável do SNEC. Quando se fala de crise “não podemos olhar somente para o negativo” mas de situações novas que aparecem. Dificuldades “imbuídas de novas esperanças”.
Quando à família, os responsáveis presentes destacaram a sua importância no “processo catequético” apesar das dificuldades em cumprir o papel que “antigamente desempenhava - primeira transmissora da fé”. Em ordem ao futuro sublinhou-se que a catequese deve “ter a coragem em fazer um caminho mais progressivo”. No chamado despertar religioso, os catequistas não devem ter a preocupação de, no primeiro ano, fazerem “catequeses muito profundas e completas” mas começar “pela educação à simbologia e aos gestos” – sublinhou o Pe. José Cardoso.