Nacional

A festa dos homens do mar

Luís Filipe Santos
...

Ãlhavo recebeu mais de um milhar de pessoas da «praia»

Os homens do mar juntaram-se, dia 23 de Maio, em Ãlhavo, para celebrarem e reviverem um ano de labuta nas águas marítimas. Foi o encontro nacional de praias, organizado pela Obra Nacional do Apostolado do Mar (ONAM). Uma actividade, tal como o retiro anual, inserida no projecto pastoral deste organismo católico. Enquanto o retiro é um “tempo sério de reflexãoâ€, o encontro deste fim de semana serve, essencialmente, para “o convívio aberto á expressão da fé e da alegria†– disse à Agência ECCLESIA o Pe. Carlos Noronha, director da ONAM. Com mais de um milhar de participantes de vários pontos marítimos do país, o encontro das praias foi “uma manifestação de fé colorida: bandeiras e vários símbolos piscatóriosâ€. Algumas famílias de marítimos da localidade que acolheu estes «manifestantes» disponibilizaram-se e colocaram também os seus “símbolos às portas: várias miniaturas de barcos, redes e apetrechos piscatóriosâ€. Uma “exposição ambulante†pelas ruas de Ãlhavo – sublinhou o Pe. Carlos Noronha. Nem neste dia de festa, os «sabores do mar» foram esquecidos. Na celebração, presidida por D. António Marcelino, os símbolos foram oferecidos. Nestes encontros, as recordações dos tempos passados nas águas do oceano também “são revisitadasâ€. Sem esquecer os “tempos difíceis†vividos, actualmente, no mundo piscatório. E exemplifica: “falta de peixe e as incompreensões sociaisâ€. Em relação à invasão dos espanhóis nas águas portugueses, os pescadores “acham que é uma roubo de espaço e de trabalhoâ€. Os homens do mar “têm dificuldade em perceber que os outros (espanhóis) avançaram um bocado mais em técnicas†– finaliza o Pe. Carlos Noronha.


Apostolado do Mar