A morte da Irmã Lúcia Voz Portucalense 16 de Fevereiro de 2005, às 10:32 ... Acaba de falecer a Irmã Lúcia, e é hoje um dia 13!!!. Como podia ser doutro modo? Não estive em Fátima em 1966 quando da vinda do Papa Paulo VI, altura em que a Irmã Lúcia apareceu pela primeira vez em público ao lado daquele extraordinário PontÃfice. Na altura, era o 13 de Maio de 1966, assisti de fora do PaÃs à transmissão televisiva das cerimónias. Ficou-me da alocução do Papa, com Lúcia perto de si, aquele apelo veemente e dramático - homens, sede homens! - e que só Ele, com a grandeza da Sua Vida e a Autoridade do seu Ministério poderia ter dirigido ao Mundo. Apelo que ressoou por todos os continentes e que é oportuno continuar a ressoar. E essa visita do Papa universalizou Fátima! O que se passou em Fátima com os Pastorinhos, nunca foi dogma de fé, nem precisou de ser para ser credÃvel. Verdadeiramente se sabe quanta prudência houve da parte das autoridades da Igreja na condução deste processo de Fátima ao longo de décadas! Prudência e reserva, logo desde o inÃcio houve. Mas a autenticidade dos fenómenos da aparição da Virgem SantÃssima foram-se impondo à Igreja depois de terem entrado com veemência e força na forte convicção dos portugueses, e não só. "Fátima, com verdade, impôs-se à Igreja, não foi a Igreja que impôs Fátima", disse um dia com plena verdade e autoridade o Senhor Cardeal Manuel Gonçalves Cerejeira. Esta humana criatura, a Irmã Lúcia, que não conheci pessoalmente, foi muito importante na minha vida. Foi duma importância decisiva quando, chegado ao meu 7ºAno do Liceu, o último de então antes da Universidade, tive de responder a dúvidas de fé que me chegavam pela abordagem pouco equilibrada das questões que a aprendizagem da Filosofia me trazia, bem como por ter tido de enfrentar os argumentos dum colega do mesmo ano, doutra turma embora, o mais qualificado em filosofia, pessoa de rara inteligência e saber adiantadÃssimo já na altura e que apostava em me catequizar. Fátima valeu-me. Claro, valeu-me a Mãe de Jesus, a Senhora de Fátima! Sei que assim foi, sem saber ainda como foi! Tudo, à distância me parece simples, mas não foi. O que aconteceu? Eu fora a Fátima várias vezes desde os meus oito anos, e chegava ao Porto para o Liceu com 17 anos. Sabia bem a história de Fátima, o que acontecera, as aparições, o acorrer das pessoas, os sinais extraordinários lá passados, a dança do sol relatada pela minha Mãe, os milagres que se deram lá, as muletas que lá vi na Capelinha das Aparições, outros milagres espantosos lá acontecidos e provados, as perseguições aos pastorinhos, os sofrimentos que lhes infligiram, os interrogatórios, a firmeza dos pequeninos, a revelação do que iria acontecer e aconteceu tais como os sinais do céu em 13 de Outubro desse ano de 1917 e o fim da 1ªGrande Guerra, o anúncio da sobrevivência da Pátria em grandes dificuldades, as recomendações para se rezar o terço diariamente como sendo uma oração eficaz e necessária, e ainda, para mim sobretudo o que sobre a Rússia disseram, e como disseram, desde o começo do comunismo e os males que se iriam espalhar pelo mundo, e, por fim, a queda da terrÃvel ideologia e a conversão da Rússia, como era dito…E tudo isto diziam e revelavam com firmeza e sem medo aquelas crianças ignorantes que nem sequer sabiam que existia a Rússia nem onde ficava! Eu sabia a "doutrina" da catequese. Porém foram as certezas intelectuais vindas de Fátima enquanto sinal de Deus que me firmaram na minha fé sobrenatural e me deram força para não me iludir e resistir ao desencaminhamento do feroz racionalismo enfrentado. A seguir aderi à Acção Católica que foi a grande escola da minha Fé para toda a vida. Recolho-me para agradecer a Deus, e a Nossa Senhora, a vida da Irmã Lúcia, a missão sobrenatural que desempenhou, e o bem infinito de que foi mediadora para tanta gente, como para mim! Levi Guerra Pastorinhos de Fátima Share on Facebook Share on Twitter Share on Google+ ...