Após ter efectuado, em 2001, a peregrinação, a pé, a Roma, Amaro Franco propõe-se agora realizar, com início no próximo dia 4 de Outubro, a peregrinação a Jerusalém, passando por Roma
Depois ter efectuado, em 2001, a peregrinação, a pé, a Roma, Amaro Franco propõe-se agora realizar, da mesma forma, com início no próximo dia 4 de Outubro, uma peregrinação aos três maiores santuários da Cristandade: Santiago de Compostela, Roma e Jerusalém.
São mais de 7 000 km, passando por 13 países diferentes, que pensa percorrer durante cerca de 8 meses, estando a chegada a Jerusalém prevista para o mês de Maio/ Junho de 2008.
Partindo da Sé de Braga, seguindo o Caminho Português, dirigir-se à ao sepulcro do Apóstolo São Tiago Maior em Compostela, onde prevê chegar no dia 13 de Outubro. Depois seguirá pelo Caminho Primitivo até a Igreja de São Salvador de Oviedo (Astúrias), cuja chegada está prevista para o dia 1 de Novembro. Em Oviedo cumpre os primeiros 500 km.
De Oviedo, percorrendo o Caminho Astur-Leonês, pensa chegar a Léon entre os dias 8 ou 9 de Novembro. Dali, seguirá o Caminho Francês até Saint-Jean-Pied-de-Port (França), onde calcula estar no dia 1 de Dezembro. Os primeiros 1000 km seriam celebrados em Pamplona.
Seguindo pelo Caminho do Piemonte, pensa chegar a Lourdes na abertura das comemorações dos 150 anos das aparições da Virgem Maria a Bernadette (8 de Dezembro).
Passará em Montpellier (São Roque) e Saint Gilles (Santo Egídio), e visitará o túmulo de Nostradamus antes de cruzar a fronteira com a Itália, previsto para inícios de Janeiro de 2008. Alcançará Roma ainda neste mês (ou início de Fevereiro).
Visitará Roma e os seus santuários maiores, aproveitando esses dias para descansar.
De Roma, seguirá para Assis, San Marino, Florença, e Veneza, que pensa alcançar inícios do mês de Março.
Depois, segue pela Eslovénia (Ljubljana), Croácia (Zagreb), Sérvia (Belgrado e Nîs), Bulgária (Sofia e Plovdiv), Turquia (Istambul, Eskisehir, Konya e Adana), Síria (Halab), Líbano, Israel e Palestina (?). A chegada a Jerusalém está prevista para o final do mês de Maio ou início do mês de Junho. Em Israel e em Jerusalém visitará os lugares bíblicos.
O regresso a Portugal deverá se verificar no mês de Julho/ Agosto de 2008.
A decisão de efectuar esta peregrinação foi tomada no dia 2 de Julho deste ano e, é a concretização de um sonho que nasceu com a chegada a Roma em Junho de 2001.
Peregrinar não é apenas andar. Peregrinar não é apenas percorrer um caminho ou realizar um determinado número de quilómetros. Trata-se de andar num caminho motivado “por” ou “para algo”. A peregrinação tem um sentido motivador e uma riqueza pessoal, cultural e religiosa que é necessário descobrir.
Peregrinar supõe um tempo para reflexão e uma abertura para conhecer os demais, e, do intercâmbio de experiências nasceu e nasce o espírito de concórdia a título individual e colectivo.
A peregrinação, com o único objectivo de ir rezar a um determinado lugar, era um acto de fé, mas também de audácia e coragem.
A peregrinação confunde-se com a própria história do cristianismo. Ela “reproduz a condição do homem, que gosta de descrever a sua própria existência como um caminho” e de viver na “condição peculiar de ‘homo viator’ [homem que caminha]” escrevia o Papa João Paulo II na bula de proclamação do Jubileu dos 2000 anos do nascimento de Jesus Cristo.
Desde muito cedo havia crentes que se dirigiam a Jerusalém e à Terra Santa: eram os palmeiros, assim chamados por causa do ramo da palma presente nos óasis do deserto. Depois, Roma passou a ser a meta dos “romeiros” os que se dirigiam ao lugar onde estão sepultados os apóstolos Pedro e Paulo. Os peregrinos, nome próprio dado aos que se punham a caminho de Santiago de Compostela, só apareceram no século XII.
Nestes casos, os crentes procuravam a aproximação aos lugares dos fundamentos da fé: a Terra Santa onde viveu Jesus Cristo; Roma onde tinham sido mortos os primeiros apóstolos, com a Basílica de São Pedro “enquanto grande igreja implantada sobre a ‘Memória Petri’, o sepulcro do príncipe dos apóstolos e vigário de Cristo na terra; e Compostela, sepulcro de Tiago, proto-mártir do colégio apostólico e, segundo a tradição, evangelizador da península ibérica.
Palmeiros, romeiros e peregrinos tinham em comum a experiência da memória de uma viagem inicial e fundadora de quando Abraão saíra de uma terra à procura de um “algures” que uma voz interior lhe indicara. A memória dos lugares, fossem eles Jerusalém, Roma ou Santiago, reuniam-se à memória da fé. E pretendia ser uma experiência que antecipava o futuro encontro com Deus, em quem acreditavam.
O custo total desta peregrinação, incluindo-se a alimentação e o alojamento (cujo orçamento é de 20 Euros/ dia para Portugal e Espanha, aumentando substancialmente em França e em Itália), bem como a logística de apoio e a divulgação desta peregrinação (através de uma página na Internet), ascende aos 50 mil euros.
Para financiar esta peregrinação estão a ser efectuados contactos com empresas regionais, nacionais e multinacionais.
Esta peregrinação conta já com o apoio institucional de:
- Associação Espaço Jacobeus;
- Conselho Municipal de Juventude de Braga;
- Associação Académica da Universidade do Minho.
Associação Espaço Jacobeus