Denuncia Glória Cardoso, candidata portuguesa ao Moviemento Mundial de Trabalhadores Cristãos
“A política e a economia retiram-nos algumas convicções e ideais” – disse à Agência ECCLESIA Glória Cardoso, candidata portuguesa ao Movimento Mundial de Trabalhadores cristãos (MMTC). Aos 14 anos de idade entrou para a Juventude Operária Católica (JOC) e em Maio de 2004 poderá vir do Quebec, como membro do MMTC. Esta professora de Português e Francês pertence à LOC/MTC de Braga e acredita que pode “dar algum contributo nas causas que acredito desde muito jovem”
“Sinto-me do meio operário” – realçou Glória Cardoso que está também na coordenação do Movimento Europeu de Trabalhadores Cristãos. A sua experiência neste organismo europeu leva-a a afirmar que “as preocupações, nos vários países, são muito idênticas”. E recorda a declaração comum, feita em Graz, em 2002, onde estes movimentos operários estiveram em sintonia sobre o “conceito de trabalho”. Preocupações comuns apesar de haver “uma grande discrepância entre os ordenados”. Há dez anos atrás era “diferente” e lembra um episódio, na Alemanha, em que a “inquietação deles era ocupar o tempo que lhes restava porque tinham muito tempo livre e a vida estabilizada”- sublinhou Glória Cardoso.
A esperança é a “última a morrer” mas “preocupa-me o comodismo e a falta de participação no associativismo”. Esta passividade não é apenas portuguesa, “isto também acontece noutros países da Europa” – assegura. Para alterar este panorama aconselha “as motivações” e alerta que as associações “são importantes” porque “contribuem para a justiça social” Um termo tão “badalado” mas cada “vez menos utilizado na prática”. São os momentos de angústia mas “acredito na esperança” – finaliza.
