Centro de Reflexão Cristã edita Constituição Pastoral Gaudium et Spes
Mais de 40 anos depois da sua promulgação pelo II Concílio do Vaticano, a Constituição Pastoral Gaudium et Spes (07.12.1965), sobre a Igreja no mundo actual, tem hoje uma nova edição, do Centro de Reflexão Cristã (CRC), lançada pelas 18h30 no Auditório do Centro Nacional de Cultura.
A publicação tem prefácio de D. Carlos Azevedo, Bispo Auxiliar de Lisboa, e insere-se no quadro de “revisitação” do documento conciliar, promovido pelo CRC, que engloba ainda sete colóquios sobre a Gaudium et Spes. Esta tarde realiza-se o 6º colóquio, dedicado ao tema “A Vida Económico-Social”, com intervenções do referido prelado, Jorge Wemans e Manuela Silva.
Para o presidente do CRC, Guilherme d’Oliveira Martins, estas iniciativas querem responder “à interrogação sobre os documentos e o próprio espírito do Concílio”. O tempo escolhido é particularmente significativo, dada a proximidade da publicação da primeira encíclica de Bento XVI, “Deus é amor”, na qual se retomam algumas temáticas abordadas pela Constituição Gaudium et Spes, como sublinha este responsável, “nomeadamente no que se refere à ligação entre o conceito de amor e de justiça”.
O CRC dedicou o seu último ciclo de colóquios ao tema “Gaudium et Spes. Revisitação 40 anos depois”. Um debate em torno da Constituição Pastoral do Vaticano II sobre a Igreja no mundo actual que foi estruturado em três momentos: “Esperanças e Angústias do Homem no Mundo”; “A Igreja e a Vocação da Pessoa Humana” e “Papel da Igreja no Mundo Contemporâneo”.
Ao aproximar-se o final deste ciclo de reflexão, Guilherme d’Oliveira Martins considera ter sido realizado o objectivo de “voltar ao debate sobre as responsabilidades do cristão no mundo contemporâneo”.
“Houve mudanças importantes que ocorreram desde 1965, que se traduzem na globalização, mas há preocupações fundamentais que se mantêm. Por isso, fizemos esta revisitação, a partir de uma releitura à luz dos novos acontecimentos”, aponta.
A reedição da Gaudium et Spes tem, neste contexto, a intenção de “permitir que as pessoas possam revisitar o texto e confrontá-lo com a realidade”, conclui o presidente do CRC.
