O assistente regional do CNE – Corpo Nacional de Escutas aproveitou a celebração da fundação do novo agrupamento de São Brás de Alportel, no passado dia 1 de Dezembro, para esclarecer alguns aspectos relacionados com a integração paroquial dos agrupamentos daquele movimento.
A este propósito, o padre Domingos Fernandes lembrou que “por razões pastorais o pároco pede o escutismo” para a sua paróquia, assim “como por razões pastorais, o pároco pode pedir a sua suspensão”.
“Atenção dirigentes: se o escutismo não está dentro das normas pastorais da Igreja, ou porque o movimento entrou por outro caminho, não colaborando com a paróquia, ou porque não há prática religiosa, o assistente pode pedir a suspensão”, alertou, apontando para os “princípios e estatutos” do escutismo.
O sacerdote lembrou que “às vezes as coisas nascem muito bem, mas passado algum tempo começa a haver conflitos”, dando como exemplo a falta de diálogo dos dirigentes com o assistente, o pároco.
De igual modo explicou que “não se aceitam, no escutismo, dirigentes que não tenham prática cristã”. “Se, por ventura, a sua conduta de vida se modificou ao longo do tempo, o dirigente só tem de suspender a sua actividade”, clarificou. “Termos dirigentes que não põem o pé numa igreja, que exemplo dão aos miúdos? Que confiança podem ter os pais nestes dirigentes? O escutismo não é só acampamentos e jogos pelas ruas. Isso faz falta, mas também faz falta a formação humana e cristã”, afirmou.
Aos membros dos agrupamentos pediu que “estejam sempre muito unidos, dirigentes e párocos” e advertiu para que as actividades do CNE não se sobreponham outras das paróquias. “Há actividades e dias próprios que o escutismo tem, mas, ao organizar as nossas actividades, seria mau sintoma se, quando numa paróquia há uma actividade importante, os escutas se ausentassem para um acampamento”, exemplificou.