Algarve quer encontrar perfil do professor de EMRC Samuel Mendonça 15 de Junho de 2006, às 11:28 ... Depois de a última Assembleia Plenária da Conferência Episcopal Portuguesa ter salientado a necessidade de rever o perfil do professor de Educação Moral e Religiosa Católica (EMCR), a diocese do Algarve prepara-se para definir um documento estatutário para os docentes a leccionar a disciplina na região. A proposta de estatutos foi apresentada na reunião geral de professores, do passado dia 6 de Junho, com o Bispo diocesano. Segundo LuÃs Perpétuo, membro do Sector Diocesano do Ensino da Igreja nas Escolas (SDEIE), esta iniciativa “prende-se com a necessidade de criar um documento regulador para os professores que leccionam a disciplina de EMRC na diocese, contemple os direitos e deveres quer do professor, quer da dioceseâ€. No fundo, esclareceu aquele responsável, a diocese algarvia “pretende ir ao encontro das várias tentativas que se têm feito a nÃvel nacional de ter um perfil para professor de EMRCâ€. “Esta tarefa é difÃcil, – reconhece LuÃs Perpétuo, – pois apesar de cada diocese ter a sua autonomia, é preciso não esquecer o enquadramento com o conjunto das restantes dioceses†e, considera aquele responsável, “o perfil tem de ser geral para todas as dioceses, embora com expressão local segundo cada realidade concretaâ€. Para além destes princÃpios orientadores do que é ser professor de EMRC, a diocese algarvia pretende ainda definir outros critérios “que se prendem com a acção directa do professor na escola, do trabalho com os alunos, o que se espera do docente e as respostas que tem de dar enquanto membro de uma comunidade, até para saber o que os pais poderão esperar na contribuição para a formação integral dos seus filhosâ€. Confrontado com esta intenção da diocese, o Bispo do Algarve confirma igualmente que o sentido do documento é “criar um perfil para dignificar o próprio serviço que os professores prestam nas escolas, como presença da Igreja naquelas comunidades educativasâ€. Os estatutos têm ainda o objectivo de “orientar, coordenar e encontrar princÃpios comuns de acção, de ajuda mútua, de partilha de materiaisâ€, esclarece D. Manuel Quintas. Uma das alÃneas que tem suscitado algum debate em torno deste documento prevê a contribuição com 1 por cento do vencimento de cada docente para o SDEIE. O Prelado recorda que essa contribuição já acontece noutras dioceses. “Como o SDEIE tem de organizar acções de formação e promover outras iniciativas quer a nÃvel de formação, quer a nÃvel de convÃvio, esse fundo serviria, antes de mais, para isso. O objectivo é criar um fundo que esteja ao serviço dos próprios professores, gerido pelo SDEIEâ€, explica o Bispo do Algarve, até porque “a ideia da diocese é que os serviços diocesanos se auto-financiemâ€. “O fundo que a diocese recolhe anualmente para os serviços de pastoral não é suficiente para todos departamentosâ€, complementa o Bispo diocesano, ressalvando que “quando houver iniciativas de cariz mais amplo, a diocese também poderá colaborarâ€. A proposta algarvia para os estatutos do professor de EMRC contempla ainda um conjunto de critérios para a selecção dos professores, para a mudança de escola e para a acumulação de escolas para concurso e efectivação. Na reunião geral de professores de Educação Moral e Religiosa Católica (EMRC) do passado dia 6 de Junho, os docentes analizaram ainda o documento saÃdo da última Assembleia Plenária da Conferência Episcopal Portuguesa, intitulado “EMRC: um valioso contributo para a formação da personalidadeâ€. Foi também feita a sensibilização para o estudo dos documentos “Regime Legal da Carreira Pessoal Docente da Educação Pré-escolar e dos Ensinos Básicos e Secundário†e “PolÃtica Educativa e Organização do Ano Lectivo 2006/2007†e foi dado a conhecer o site da disciplina em www.emrcdigital.com. Por fim, os docentes foram ainda informados pelo Sector Diocesano do Ensino da Igreja nas Escolas da intenção de levar a cabo, com as dioceses vizinhas de Beja e Évora, uma Acção de Formação creditada em colaboração com o Centro de Formação de Loulé para permitir aos professores a subida de escalão. EMRC Share on Facebook Share on Twitter Share on Google+ ...