Apostar na formação do voluntariado prisional
"O voluntário em meio prisional deve ter muito bom humor, ser bem disposto e optimista" - frisou o Pe. João Gonçalves.
Para se ser voluntário, o Pe. João Gonçalves sublinha que "não basta a pessoa querer e desejar", visto que é necessário "ter uma preparação especÃfica". O voluntariado católico é "especial" porque "não somos uma organização não governamental". A vertente testemunhal deve estar presente na Pastoral Penitenciária porque "vamos em nome da igreja". O processo de evangelização aos reclusos deve ser feito de forma correcta.
Uma comunicação do Pe. António Moiteiro Ramos sobre «A Pastoral Penitenciária Católica, dentro e fora das Prisões» e elementos básicos para a formação do voluntariado ocuparam os dois dias. Como caracterÃsticas elementares para exercer voluntariado nesta área especÃfica, o Pe. João Gonçalves adianta que estes devem "ser crentes, com sentido eclesial, vocacionadas para o mundo da prisão e com equilÃbrio psicológico e emocional". Para além destes pontos, o coordenador pede também alguma formação técnica e jurÃdica. "Devem saber a legislação dos reclusos e também aquela que regulamenta o voluntariado".
Como a prisão não é uma casa qualquer, os voluntários devem saber as regras. "O voluntário em meio prisional deve ter muito bom humor, ser bem disposto e optimista" - frisou o Pe. João Gonçalves. Como os voluntários dialogam com pessoas "carregadas com grandes problemáticas", o coordenador desta pastoral pede uma "boa estrutura psicológica". E acrescenta: "não basta ter boa vontade".
Com cerca de mil voluntários na pastoral prisional, o Pe. João Gonçalves salienta que muitos não estão registados. "Alguns vão com o capelão e ajudam nas várias áreas". Como a coordenação da Pastoral Penitenciária pretende ser uma organização cada vez mais eficaz, o Pe. João Gonçalves esclareceu que a vizinha Espanha está bem organizada neste sector. "Têm cursos compilados e esquemas de formação para voluntariado prisional".
Pastoral das Prisões