Nacional

Apresentação dos escritos de D. Serafim Ferreira e Silva

Pe. Armindo Janeiro
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Dia 13 de Julho, na celebração da dedicação da Sé de Leiria - Fátima

A Diocese de Leiria-Fátima celebra a dedicação da sua Catedral a 13 Julho. Para o efeito, nesse dia, às 21h30, nos seus Claustros, evocaremos esta significativa data com um concerto pela Orquestra de Sopros da Escola de Música do Orfeão de Leiria. O concerto inclui a obra original - Servus Tuus Humilis - composto pelo Maestro da Orquestra, Alberto Roque, dedicada a Santo Agostinho e apresentado em Porto de Mós, dentro do Festival de Música em Leiria 2004. O lugar e importância desta igreja - a Catedral da Diocese - vem do facto dela albergar a cátedra ou sede do Bispo. A cátedra significa a sua função de presidente da assembleia e guia da oração. Este evento será enriquecido com a apresentação dos escritos de D. Serafim de Sousa Ferreira e Silva, publicados por duas editoras. Nota Histórica A primeira igreja de Leiria que acolheu a cátedra episcopal, a quando da criação da Diocese pelo Papa Paulo III, a 22 de Maio de 1545, foi a igreja de Nossa Senhora da Pena ou «da Penha, por se achar num sítio de penhasco». Terá sido uma das primeiras igrejas a serem construídas em Leiria, por ordem de D. Afonso Henriques, talvez contemporânea da construção do Castelo. Até à criação da nova Diocese, aquele templo foi igreja matriz, junto do qual residiu o vigário geral do Prior-mor de Santa Cruz de Coimbra. Pela situação estratégica de Leiria, o templo beneficiou, desde o século XIV até princípios de XVI, de importantes intervenções, nada restando da primitiva igreja. Se a elevação a Catedral, porque ali se colocou a cátedra ou sede do primeiro bispo de Leiria, foi o seu momento de glória, também marcou o início do seu declínio: ficava longe do povoado e era de difícil acesso. O crescimento do povoado fazia-se nas margens do rio Lis. Por isso, a cátedra do bispo foi mudada para São Pedro, igreja construída nos finais do século XII e ampliada no século XIV. A velha igreja paroquial viveu então, no terceiro quartel do século XVI, o momento mais alto da sua já longa história. Embora não fosse a solução desejável nem definitiva, pois não reunia melhores condições que a primeira catedral, São Pedro era de mais fácil acesso, o que lhe valeu o título de segunda catedral da Diocese. Contudo, a conclusão de uma nova igreja, no base do monte e pensada para ser sede episcopal, marca o início do seu declínio. De facto, a construção de uma igreja para ser a catedral da nova Diocese constituiu uma das principais preocupações do seu primeiro bispo, D. Frei Brás de Barros. A primeira pedra terá sido colocada em 11 de Agosto de 1550, cinco anos após a criação da Diocese. A chave do primeiro tramo da nave principal tem a data de 1570, indicando o progresso da sua construção. Mas só em 1574 o Cabido se mudará para a nova Catedral, dando então início ao culto. Afonso Álvares foi o seu arquitecto, e a sua traça inaugura a primeira grande obra do Renascimento tardio na Cidade. O edifício tem as marcas da sucessão dos seus bispos, com acrescentos, enriquecimentos e alterações, sobretudo a da fachada principal que ficou muito danificada com o terramoto de 1755. Pe. Armindo Janeiro


Diocese de Leiria-Fátima