Nacional

Aproveitar o potencial dos membros da Fraternitas

Luís Filipe Santos
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XI Encontro Nacional da Associação Fraternitas sobre "Leitura sociológica da frequência na Missa Dominical" e o "Papel da Mulher na Igreja".

Com o intuito de estarem actualizados “em temas teológicos e socio-pastoraisâ€, a Associação Fraternitas realizou, de 23 a 25 de Abril, em Fátima, o XI Encontro Nacional que abordou duas temáticas: “Leitura sociológica da frequência na Missa Dominical†e o “Papel da Mulher na Igrejaâ€. Atendendo à “queda nítida da frequência à prática dominicalâ€, a Associação Fraternitas convidou o professor da UCP, Marinho Antunes, que explicou aos presentes que “a juventude tem muito por onde se dispersar†– disse à Agência ECCLESIA José Sampaio Ferreira, da direcção da Fraternitas. Para além deste motivo, este membro referiu também que o “desaparecimento do tradicionalismo†coloca as pessoas noutro patamar. Estas buscam o “porquê de tudo†mas os que vão à missa são “mais convictosâ€. A Associação Fraternitas é constituída por padres dispensados do ministério sacerdotal e conta, actualmente, com cerca de 100 sócios. José Sampaio Ferreira é um dos membros desta associação e recordou os tempos da sua juventude: “quando era criança tinha de ir à missa ao Domingo senão era pecado mortalâ€. O medo desapareceu e os que vão é porque querem encontrar-se “com Deus e com os irmãosâ€. Apesar deste encontro é “muito triste estarmos na igreja e não nos interessarmos por quem está ao ladoâ€. E adianta: “não há comunhãoâ€. Aos membros da Associação Fraternitas foi pedido para que exerçam “o seu ministério de cristãos†e que saibam “ler os acontecimentos e factos de hoje†– disse José Sampaio. Em relação ao papel da mulher na Igreja, este elemento da direcção da Fraternitas sublinhou que as “mulheres não podem estar num plano secundárioâ€. E exemplifica: “tanto na Universidade como noutras actividades elas dominamâ€. Portanto, as mulheres podem “ser testemunhas vivas do cristianismo autêntico†e “não há direito nenhum de serem colocadas de ladoâ€. Como padre casado, José Sampaio considera que esta realidade “está melhor†porque “a Fraternitas contribuiu para issoâ€. Mas recorda acontecimentos passados: as nossas mulheres quando resolveram “casar connosco eram estupores†porque “desencaminharam os padresâ€. A situação melhorou mas ainda “existem alguns que acham que nós somos uns falhadosâ€. Algumas paróquias aproveitam os padres dispensados do seu ministério sacerdotal mas – lamenta José Sampaio – “não há razão de ordenarem diáconos permanentes à pressa e ponham de lado o potencial imenso que têm em nósâ€.


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